"Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las."
Voltaire

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

GREVE DOS PROFESSORES: UM ATO NECESSÁRIO

Não é de hoje que a reclamação quanto aos salários dos professores têm início, e que o Governo de Goiás finge cumprir os protestos. Faltam motivação para a classe docente e pulso ao Estado, afim de que os professores exerçam com mais ânimo seu trabalho dentro dos estabelecimentos escolares. Mesmo porque, estudar anos e se especializar em uma área para receber um salário medíocre, é revoltante.

O Sintego, Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás, tem sido o órgão à frente, tecnicamente, de toda a discussão em prol dos professores. Através dele, diversos professores se reúnem para discutir os problemas referentes ao piso salarial pago pelo atual governo Marconi (veja aqui o que ele diz no site oficial da Seduc). Porém, a questão se torna deprimente quando o Legislativo e o Judiciário ficam contrários aos professores. Estes, os principais vitimados, fora o alunado.

A mídia também possui parcela de culpa. Os jornais de grande circulação no estado (vide Diário da Manhã), vêm de modo agressivo e insistente, atacando os professores e culpando-os pelos transtornos causados à população. Assim, tais jornais deixam de divulgar o real vilão, para então defendê-lo da opinião pública em uma espécie de “puxa-saquismo exacerbado”. Uma verdadeira farsa na imprensa regional.

Contudo, por meio do sindicato, os professores confirmaram paralisação estadual para o dia 06/02 (segunda). No sábado – vésperas da paralisação –, o Governo entrou com pedido na Justiça de ilegalidade da possível greve, sendo acatado. Multaria o sindicato algo em torno de R$ 30 mil diariamente, se descumprisse a ordem judicial. O juiz usou os argumentos do Governo de que foi dado aumento, inclusive causando impacto nas contas mensais.

Uma das reivindicações da categoria, consta no reajuste de 30% no salário para os professores que se esgotam 30 horas por semana em sala de aula, além da bonificação para aqueles com titularidade. De acordo com o secretário da Seduc – Secretária da Educação do Estado de Goiás – (e ainda deputado federal) Thiago Peixoto, o Governo paga R$ 1460 aos professores. Mas, ele esquece de falar que tal proletário, necessita laborar os três turnos, com exceção aos domingos e alguns feriados.

Com a ameaça de cortar o ponto e repor aulas em fins de semana, o governo Marconi espera normalizar a vida no ambiente escolar. No entanto, a melhor saída não é essa. “Os professores ganham pouco... até as pedras, jornais e jornaleiros sabem disso.” Um teto mínimo bom para eles, seria, talvez, metade do salário de governador... porque aí, qualquer pessoa gostaria da profissão. Quem sabe dessa maneira a sociedade e o Setor público passaria a dar a devida atenção e prestígio aos nobres docentes.

VÍDEOS:

*EDUCAÇÃO EM GOIÁS: NOVA POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO:


*PROFESSORES INDIGNADOS EM GOIÁS:

*EDUCAÇÃO DE GOIÁS EM GREVE:

*GREVE DOS PROFESSORES (02/02/12) - TV GOIÂNIA BAND:


*MOVIMENTO ESTUDANTIL EM APOIO AOS PROFESSORES DE GOIÁS:


* O GOVERNO PROMETE E NÃO CUMPRE - JARDIM CURITIBA 2:

2 comentários:

Neto Mota disse...

Parabéns pelo blog!!!
realmente este é um ato necessários
pois só assim é que nós professores conseguiremos um pouco mais de respeito...
gostaria de deixar o meu blog para que possamos trocar ideias e informações...

http://professornetomota.blogspot.com/

Unknown disse...

Muito obrigado Neto!

Fico feliz em saber que um professor apoia este trabalho crítico, pois reconhece que o único caminho para o progresso é a educação.

Apoio a luta dos professores, e sei que vocês, sozinhos, não conseguirão alcançar o valor real do esforço de anos de estudo. Por isso, luto à favor da melhoria da vida dos professores, na sala de aula e no contra-cheque.

Mais uma vez, obrigado pelo comentário!

Vou ler sim seu blog, aliás, já estou te seguindo!

Espero pelo senhor aqui mais vezes!