"Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las."
Voltaire

quinta-feira, 7 de março de 2013

(AINDA) HÁ SENTIDO PARA LUTAR?

emdialogo.uff.br, 2012


A sociedade é construída por mudanças sejam elas racionais ou gradativas que afetam a todos. Mudanças que estão, geralmente, relacionadas a carga de supersaturação de problemas estruturais e administrativos regidos pelo Estado. E quando sua conjuntura se mostra ineficaz, burocratizada e sem progresso, logicamente, a insurgência ocorrerá. A mentalidade desses revolucionários vem de encontro a de outras gerações no poder. Aí sim, com o reconhecimento de ideais pode-se lutar com fervor por novos tempos.

Um dos palcos mais expressivos na atualidade da luta juvenil por mudanças conjunturais, acontece no mundo árabe. Ali, povos sobrepujados por regimes autocráticos hereditários confiscam a máquina estatal em prol de seus desejos e ambições. Para tanto, ignora as necessidades básicas de seu povo, já que não o representa efetivamente. Daí a revolta na Tunísia, Egito, Líbia, Síria e outros, que não respeitam a democracia e a liberdade que aquela população enxergou no ocidente.

Especialmente para os jovens que vivem sobre os olhos de um Governo pouco democrático, é motivo suficiente lutar contra ele. Por quê? Porque a vontade de aspirar boas expectativas para o futuro – que não se faz tão distante –, de poder desempenhar um papel único e igualmente fundamental na sociedade via trabalho, via educação, move a “Geração dos 20 (anos)”. Um Governo ditatorial não dá essa visão a seus adolescentes.

E o Brasil não fica fora dessa análise. A população brasileira tem, aos poucos, percebido o quão danoso é possuir um governo que aparenta representá-lo. Justifica-se isso ao checar os índices de corrupção política, econômica (impostos excessivos), educacional (cotas), social (transporte e saúde) e cultural (teatros) que permeia o país. Logo, movimentos que buscam a “Igualdade para Todos” – refrisa-se, via “Geração dos 20” – se veem obrigados a lutar por dias melhores.

Em suma: há sim sentido para lutar. Lutar por ideais que a maioria clama e aceita incondicionalmente. Prova disso é a Lei da Ficha Limpa com 1,3 milhão de assinaturas, é a Primavera Árabe que abalou décadas de monopólios familiares. O século XXI veio confirmar todas as causas revolucionárias do século XX que vigoravam no ocidente. Se integrar ao meio politicamente, socialmente, ecologicamente pontuam formas específicas de como se engajar. Então, lutar não é somente necessário, é preciso para confirmar a nova posição dos tempos à transformações definitivas elaboradas no presente.

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