"Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las."
Voltaire

segunda-feira, 4 de março de 2013

JORNALISMO MIDIÁTICO: DO PALANQUE A SEUS BASTIDORES



O jornalismo presente na sociedade brasileira tem aparentemente demonstrado a vontade de divulgar a verdade. Mesmo porque não há só importância em conquistar mais seguidores de sua filosofia, e sim de transpassar uma maior credibilidade de seu conteúdo. Mas, nem sempre foi e é assim. Por isso, ainda existe uma certa desconfiança social diante o que as facetas do jornalismo podem dizer.

Hoje os diversos avanços tecnológicos possibilitam uma “maior busca pela verdade” propagandeada pela mídia. Aqueles interessados podem pesquisar pela internet vários pontos de vista diferentes – prós e contras –, e chegar, ao menos, a uma conclusão razoável. Assim, teoricamente, seria possível diminuir o nível de influência do discurso empregado pelas Empresas da Informação. Contudo, a vida do mundo moderno dificulta essa busca.

Então, aproveitando da falta de tempo para folhear mais de um jornal, ou revista, ou ler sítios na Web o jornalismo ganha seu lado nefasto e influenciador. Exatamente nesse ponto, a função da cidadania reservada ao jornalismo se perde em editoriais conservadores, superficiais e direitistas. A história do Brasil mostra isso. Basta relembrar a época da ditadura militar com a Globo em oposição a Band e a Excelsior, e até mesmo, nas eleições municipais de 2012.

É certo que existem meios de comunicação preocupados em transmitir informações fidedignas, imparciais e instigar em seus leitores e ouvintes a crítica por um meio humano melhor. Vão além do arrebanhamento e a alienação. Não manipulam, incutem os pontos negativos e positivos. Aumentam o leque de discussão. Aí sim, o papel jornalístico cumpre-se sem devaneios, desvios e mentiras. O problema é: quantos fazem isso?

Em suma: o jornalismo vem ganhando uma reformulação no Brasil. Mesmo que ainda impere centros de discussão focada em opiniões unilaterais, eles estão perdendo seguidores. A população tem se mostrado atenta ao palanque, e começa a ficar mais curiosa sobre os bastidores. Resta saber até quando as empresas de mídia vão continuar a deturpar o jornalismo na tentativa de persuadir o povo a seu favor. Prossigam na tênue mentira sensacionalista, e marcharão para a irremediável perda de público.

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