Há pouco tempo foi repercutido no país o desabafo de uma professora do Rio Grande do Norte, na tribuna da Assembleia Legislativa. O vídeo anexo a esta postagem, traz a íntegra de seu discurso. “Como assim não vamos falar da situação precária da educação, secretária Betânia Ramalho? Estamos aceitando a condição precária da educação como uma fatalidade, é isso? e ainda querem que eu salve o Brasil com um giz e um quadro na mão?”, disse. Por quê uma professora teve de fazer isso? Cadê a posição de nossos ilustres legislantes e executivos que cobram caro para fazer nada? Enquanto isso, docentes despreparados e mal pagos, infraestrutura escolar péssima e o apoio ao aluno zero.
Outro descaso, está presente na saúde. Hospitais e postos de saúde lotados, número de leitos insuficientes, triagem para atendimento do paciente defasado, e a falta do principal: médico. Ou seja, quem por uma infelicidade, cai em doença e recorre ao SUS (Sistema Único de Saúde), ficará horas na fila a espera por uma consulta. Deveria ser um serviço básico de prestação do Estado que muito explora o cidadão.
O irritante de tudo já pontuado, é que não são casos isolados. Da mesma forma que a educação e a saúde passam por impasses, o transporte público e a segurança pública também passam por questões parecidas. Porém, existe uma solução: GREVE GERAL. Claro que, de certa forma, situa-se em pontos por radical, contudo, é uma maneira do povo chamar a atenção das autoridades a seus apelos.
No momento em que a população não aguentar mais tanta injustiça, tanta corrupção, e outras tantas mentiras, estourará a revolução. Talvez aí, mudanças aconteçam. Para tanto, o trabalhador deve se dar conta do enorme poder que tem em mãos. Então, juntos, declarar greve geral com médicos, professores, policiais, motoristas do transporte público e demais frentes, afim de abalar a estrutura de um Estado que só se fortifica. Entretanto, a grande massa nacional ainda vive com a cabeça no estômago, impedindo mudanças mais profundas.
Ano que entra terá novas eleições para prefeito e vereador. Se você leitor(a) quer transformações em seu município, pense e investigue possíveis candidatos. Até então, é cedo para pensar nisso. Mas, analise os pré-candidatos. Será que a grande maioria deles não perfazem o tipo liberal-conservador ou o tipo “deixa como tá, que tá bom (pra mim)”? Nem sempre radicalizar faz-se uma boa saída, diferentemente de algumas revoluções históricas e atuais. Porém, o Brasil começa a clamá-la. E quando essa revolução-grevista estourar, efetivamente uma nova estrutura político-governamental vai começar.
DEPOIMENTO DA PROFESSORA AMANDA GURGEL
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