"Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las."
Voltaire

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

TCHAU AO VELHO, E QUE VENHA O NOVO!


Mais um ano se vai para dar lugar a um novo, que vem carregado de esperanças e desejos. Além dos habituais pedidos na virada, paz, saúde e sorte (na verdade sucesso), há também aqueles desejos que somente irão se realizar com outras gerações. Desejos como os de poder caminhar tranquilamente pelo centro da cidade, de poder confiar nas escolas públicas, de poder confiar nas pessoas do Estado e na Nação. Assim, 2012 bate à nossa porta.

Encontrar alguém no Brasil que nunca se decepcionou com alguma parte de sua logística é praticamente impossível. Mesmo porque, toda ela, está voltada ainda aos interesses dos grandes capitalizadores desse sistema. Algo que se vê espalhafatosamente em Brasília nos Ministérios e no Congresso Federal, a partir de nossos nobres deputados e senadores em seus estados de eleição. Mas, não só a política se restringe a vergonha de ser brasileiro.

Vejamos a nossa Justiça. Esta, que possui um Supremo Tribunal, que finge descaradamente não reconhecer a Voz do Povo quanto aos políticos desonestos – Não Esqueçamos do Caso Ficha Limpa, né, Jader Barbalho! Outra vez, nossos juízes dão prova de sua falta de zelo pela manutenção da ordem no país. Soma-se a isso, o Caso Jaqueline Roriz, filmada quando recebia propina (dinheiro roubado mesmo). Outro fato triste é o Código Florestal que foi re-elaborado pelos próprios pecuaristas, a fim de valorizar seus plantios de soja e cana.

Falta justiça no Brasil, e sobra impunidade. É evidente que quando certa pessoa expulsa sua raiva em um cão indefeso frente a seu filho, deve ser julgada.Agora, e os crimes que mexem diretamente na nossa vida e que todos nós e nossos filhos, e gerações, veem passar sem punição? Infelizmente, a corrupção junto a hipocrisia, é um costume que o Brasil carrega desde sua criação.


Gostaria de citar coisas boas para abrir 2012 com chave de ouro... porém, a situação aqui não está tão boa quanto aparentada pela economia do país. Ficar doente no Brasil, nem pensar! A não ser em um hospital particular. Estudar em universidade “pública” tende a ser para poucos. E, gastar... como? O salário mínimo, é mínimo. Os prováveis R$ 622 previstos para fevereiro (hoje R$ 545), serão sugados pelos impostos e dívidas contraídas por quem o recebe. Contudo, os maias reservaram o melhor para então. Ótima notícia para acabar com toda essa parafernália e dar saudações ao ano novo. FELIZ ANO VELHO!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

ESPÍRITO DE NOBREZA ou ESPÍRITO DE OBRIGAÇÃO?

Se você matar a avidez do oprimido, então sua luz brilhará.

Todo ano é a mesma coisa às vésperas de outubro, novembro e dezembro do Natal e Ano-Novo. Muitas pessoas se mobilizam por meio de parcerias não-governamentais, empresas privadas como redes de tevê e rádio, ou mesmo de modo particular, afim de contribuir materialmente – alimentos, roupas, calçados – para as últimas semanas do ano de desfavorecidos. Isso é, em si, bom. Mas, por quê somente, ou essencialmente, nesta época? Esse fato ocorre de maneira nobre ou surge de uma exigência pessoal e social?

Lembro-me de um seriado de comédia que tange exatamente isso. A personagem com sua família burguesa resolve fazer boas ações em um bairro pobre da cidade. Ao final do dia duro de trabalho por lá, um jovem morador diz para o adolescente da família: “E aí, você vem amanhã?” “E cara, não vai dar, tenho outros assuntos a tratar e...” “Sei, todos são assim... fazem uma colaboração aqui, outra ali e depois vão embora felizes... acham que deram sua contribuição; como se a comunidade não fosse precisar de mais nada!”

Não é ilógica a reação do tal morador. E, nem a da personagem da série. Veja: as colocações de cada um na atual sociedade se encaixam nessa situação. Principalmente, quando se fala em pessoas que anualmente são contaminadas pelo clima natalino. No caso, uma personagem de família financeiramente estável que quer doar apenas um dia de seu tempo para quem precisa.

Sei que, se dar ao trabalho por alguém gratuitamente é um bom gesto. Contudo, geralmente são ações localizadas no tempo e espaço. Atitudes que entorno de um significado deturpado de Natal e de um Novo Ano, serão esquecidas no primeiro dia do ano seguinte, para serem recordadas posteriormente em um ciclo. É da natureza do homem agir dessa forma. Ele não age em prol do outro por vontade própria, e sim, ditado pela sua consciência – pensando em sua satisfação. Uma postura construída em tempos de aparências e não de qualidades interiores. De rapidez física e bom mocismo. Infelizmente estas colocações têm sido incorporadas nas pessoas como um modelo a ser seguido.

Enfim, a percepção de que cada novo tempo significa recomeçar e mudar, inspiram muitos a ingressarem no ramo da Boa Vontade. Pois, aparentemente, boas ações devem ser princípio básico pautado do social para se iniciar uma nova ordem temporal. São poucas pessoas que doam-se de coração para o outro. Estas, que estão em falta. Porque o espírito de generosidade não pode ser inserido ou transmitido, somente vivido e observado. É exatamente por isso que vemos tantos tentarem alcançá-lo, não por honraria, e sim por obrigação moral.

sábado, 10 de dezembro de 2011

CONSERVAR O PASSADO E CONVIVER COM O PRESENTE É POSSÍVEL

A recente explosão das diferentes formas de tecnologia que têm adentrado na sociedade são nostálgicas e ao mesmo tempo assustadoras. Nostálgicas, pois mostram que todos podem utilizá-las de maneira benéfica na difusão de opiniões e conhecimento, por exemplo, através da internet. E, assustadoras, no sentido de como elas influenciam a vida de cada pessoa.

É inegável que o uso do papel para muitos ainda se faz indispensável. O cheiro, a textura, o toque são – sem sombra de dúvidas – apreços da época de que surgira a novidade do papel impresso. Hoje, isso vem perdendo espaço para os tablets, os e-books, que funcionam como “imensas bibliotecas” virtuais. Porém o mal uso dessa tecnologia gera problemas a seus usuários.

A maioria daqueles novos usuários que utilizam a ciência dos livros digitais, estão desenvolvendo incapacidade de concentração para realizar uma simples leitura. Algo preocupante, porque afeta diretamente a possibilidade da pessoa em concluir com sucesso algum trabalho importante ou tirar conclusões rápidas e precisas. Isso resulta de uma geração que nasce envolvida nesse universo, e que se apega à execução de múltiplas tarefas.

Não se deve repudiar a entrada de novidades em um mundo que deveria ser mais palpável como dos livros, mas sim, harmonia. Faz-se necessário o equilíbrio entre o tradicional e o moderno. Por isso, romper com o passado seria quebrar uma norma de conduta bem estipulada, apesar de pouco trabalhada durante os anos com tais gerações.

Assim, tomar uma posição quanto à presença da interação conservadora e da interação dinâmica na sociedade seria o melhor caminho. Juntas – interação conservadora e interação dinâmica – somente têm coisas a somar diante à sociedade. Mas claro, dentro de certos limites. Respeitando-as será possível conviver com o velho e o novo de forma mais saudável e compreensiva.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A COMPLICADA CONVIVÊNCIA HUMANA


Um dia desses, ao rodar os canais da tevê à procura por alguma diversão, caí em um programa de debates cujo tema era: “pluralidade humana – como conviver com isso?”. Achei legal a abordagem do programa (que havia começado), e acabei cedendo ao canal. A direção do programa juntou pontos de vistas bem opostos para proporcionar, assim, visões diferentes em prol da discussão, alguns de cientistas políticos, outros de religiosos.

Minha mãe sempre me ensinou a ser respeitoso e educado com qualquer pessoa, ter paciência e ser gentil. Pouco diferente da maioria das pessoas, creio, porém colocando em prática , ao máximo, estas virtudes. Mesmo com o já dito, ainda é difícil analisar as ideias de alguém ou vê-las como melhores que a nossa. Essas considerações foram feitas por um articulista no programa, que completou sua fala com uma pergunta: “Por que é tão complicado admitir o próximo como ele realmente é?”.

A resposta para a questão é complicada. A sociedade hoje está pluralizada, cheia de novos estilos misturados a preconceitos de naturezas diversas. Os mais comuns são de ordem racial, religiosa, econômica ou social. Dentre as citadas, as duas primeiras estão em realce. No programa, certo religioso defendia a concepção de não haver outra fé melhor senão a evangélica. Lá, repudiou crenças de origem africana – candomblé, umbanda – e classificou-as como do demônio. Também criticou os santos católicos, além disso. Puro preconceito.

Normalmente, a falta de tolerância advém da ausência de conhecimento que é fruto da descoberta e do diálogo entre as pessoas. Toda pessoa tem algo para dizer e ensinar, motivos estes de sobra no constante aprendizado da vida. No momento em que o homem perceber a real importância da socialização e entender melhor as inúmeras variantes participantes dela, estará mais apto a conviver com seus semelhantes. Vejo aí a atuação pertinente de minha mãe para mim.

Por fim, as coisas mudarão no instante em que o homem aprender a escutar e compreender o outro. Ele mesmo não é perfeito, razão pela qual faz-se impossível se julgar superior. Assim, nunca será fácil ter um dia a dia com alguém, entretanto, as dificuldades podem ser minimizadas. Coadunar isso pode ser a fórmula de uma pequena-grande felicidade. Basta cada um saber como encontrá-la e usá-la.

Leia também:

A DISTORÇÃO DA FELICIDADE

domingo, 20 de novembro de 2011

A DISTORÇÃO DA FELICIDADE


No contexto em que a sociedade do século XXI se encaixa hoje, viver o sentido da palavra felicidade é regra, o que se faz um problema. Não que compartilhar o conceito desse substantivo seja um encalço, mas sim a forma deturpada com que ele ganhou ao passar do tempo. Extirpar os momentos de sofrimentos ou dor da vida e recheá-los de descontração, alegria e risos, é melhor que a realidade. Infelizmente, as pessoas estão caminhando nessa direção, e não percebem como pode ser difícil sair dela depois, visto que é prejudicial a formação da pessoa a “maquiação” de sua vida.

O sistema capitalista foi um dos principais causadores da mutação do verdadeiro ser feliz. Formatando um mecanismo de consumo em que cada pessoa gasta seu dinheiro com mercadorias e produtos, empurrados pela mídia sensacionalista, vendem a ideia de se investir no momento, no presente. Isso porque não importa o dia seguinte, o mês seguinte, o futuro. O importante é viver o instante. Assim caracterizou Luciene Godoi em seu artigo no O Popular: “vivemos a era do gozo”.

As pessoas pouco foram instruídas a criticar os fatos à sua volta, então deixam-se levar pelas vontades instituídas pelo sistema. Ou seja, agem no intuito de agradar aos outros, tão pouco a si. Isso fica claro nas relações entre adolescentes. Segundo Gilberto Dimenstein, em seu texto pela Folha de S. Paulo, os jovens passam por uma fase de transição complicada. Pois, além de conviverem com a pressão social – devido a temas diversos –, passam por crises de frustração, baixa autoestima e a necessidade de testarem certos limites.

Para a construção psicológica e moral de um indivíduo dotado de sentimentos verdadeiros – e não manipulados pela massa –, pode ser conveniente os sobressaltos da vida. A partir disso, moldar um ser humano capaz de enxergar a real noção da felicidade ficaria menos complicada. A relação entre as pessoas seria diferente e, talvez, mais harmônica e fraterna. Evitar as frustrações e a dor dos caminhos da vida de alguém, é negá-la de viver a completa felicidade advinda por um momento futuro (a sabedoria talvez).

Por fim, a era do gozo está presente no meio social. E sendo ela proporcionada pelo princípio do consumismo, cabe a cada um atentar-se a intervenção que ela fará em seu dia a dia. Não há significado em viver “plenamente feliz” nesse tipo de era. É preciso introspecção, reflexão. Atingir esse estágio de pura submissão ao sistema, implicaria em um perda substancial das pequenas felicidades da vida. E, portanto, da autêntica denotação de ser feliz.

Leia também:

A EXPERIÊNCIA DE VIVER

O SER HUMANO TEM SIDO VALORIZADO? ou OS VALORES HUMANOS ESTÃO SE PERDENDO?

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O SER HUMANO TEM SIDO VALORIZADO? ou OS VALORES HUMANOS ESTÃO SE PERDENDO?


Não é de hoje que as pessoas de nosso século vêm apresentando quadros de apreciável frieza, acompanhadas de doses intermitentes de indolência pulsativa. A normalidade com que os fatos são incutidos pela tevê – acidentes, roubos e mortes – a construção de um espaço voltado para a superficialidade humana, e a montagem de um imenso descompasso familiar conjugam num mar de desprezo às boas qualidades do ser humano. O problema perfaz-se em rearranjar toda essa questão, pois o dinheiro e a insensibilidade têm tomado conta de tudo.

No mundo o qual vivemos, pouco se fala em dinamizar as relações coletivas de maneira coesa. Ou seja, relacionar-se de forma construtiva e harmoniosa. Isso não. O indivíduo cada vez mais é estimulado a se afogar em um contexto de proteção a si mesmo contra o outro, algo incumbido pelo capitalismo no trabalho, nas ruas e até em casa. “Busque o melhor emprego acima de qualquer coisa. Compre seu carro. Gaste, gaste. Viva feliz.”

Sempre fui educado na lógica do conservadorismo social: “Bom dia!; Como vai?; Desculpe!; Com licença; Obrigado!.” Estes, simbologias de respeito e cordialidade que estão sendo perdidas com o tempo. Parece que as pessoas criaram um portão invisível (uma barreira, um bloqueio quase instintivo) difícil de transpor, que dificulta a comunicação e, consequentemente, a interação. Por isso, ser educado é tão estranho ou admirável, quanto ficar quieto e calado nesta confortável posição inercial.

A mente humana se acostuma facilmente com muitas situações, um perigo para a vida em sociedade. Exemplo: quem se revolta, faz panfletagem, “quebra o pau”, quando vê seres humanos morrerem em filas de hospitais; ou, perderem suas casas em uma enchente por incompetência do Governo; ou ainda, verem vidas sendo extirpadas por um trânsito feroz? Quem? A tendência é o menosprezo pelo lado humano, pelo culto ao dinheiro. Aquele que queira lutar contra essa sistematização, corre o risco de ser desprezado e esquecido. A única andorinha em pleno inverno.

A vida no século XXI é resultado de anos já vivenciados por nossos poetas românticos – “o tédio do mundo”, a falta de apreço pelo essencial, o gozo pelo passageiro. O valor que deveria ser dado ao indivíduo, a seu poder de inflamar o espaço em que vive, decorre então da simples vontade do capital. E, da veemente perda de benevolência do coração humano. Agora, lutar contra a perda dos sentimentos (dos valores humanos), será o maior desafio a ser vencido. Mesmo porque, o homem já é objeto de seu próprio monstro.

Leia também:

A SOCIEDADE ESTÁ MEDROSA POR TUDO

domingo, 30 de outubro de 2011

DE NOVO, PROBLEMAS NO ENEM

Em mais uma edição da série “ENEM: E AGORA, O QUE ACONTECE?” – protagonizada sempre no fim de ano – ocorreu novamente problemas na sua lógica organizacional. Cenas da série “escapuliram” dos bastidores, provocando o rebuliço de alguns poucos. O problema é que, enquanto outros achavam que seus protagonistas seriam os mais sérios se comparados ao de anos anteriores, viram os mesmos bate-bocas da trama agora invertidos.

Na realidade, o ENEM 2011 já veio carregado com um fardo pesado. Provas roubadas (2009), cadernos de perguntas alterados (2010), e então, questões com gabaritos conhecidos por certos alunos. Aplicar uma prova em contexto nacional é bastante complicado, ainda mais em um país de dimensões continentais. Mesmo porque, até essa prova alcançar os olhos dos candidatos requer a honestidade de muitas pessoas. Assim, aumentar o poder de vigilância diante às provas é uma alternativa. Porém, o assunto neste momento roda em outras esferas.

Ano passado o Ministério da Educação (MEC) afim de testar o seu banco de questões (hoje aproximadamente com seis mil perguntas), elaborou um simulado no Colégio Christus do Ceará. Naquele simulado, estavam presentes 14 perguntas do ENEM 2011. Veja bem: ir para um exame que garante uma vaga na universidade não paga, de posse de algumas das respostas pode ser crucial. Exatamente por isso o Ministério Público (MP) pede anulação parcial ou total do ENEM.

O Governo trabalha na intenção de anular os cartões-respostas dos alunos do colégio cearense, e aplicar outra prova. Isso têm provocado revoltas em vários estados da federação, pois quem tirou uma nota ruim teria nova chance de melhorar.

Contudo, é impossível anular o ENEM deste ano. Há inúmeras coisas conectadas a ele, especialmente o ingresso nas universidades públicas. Muitas delas aderiram 100% de suas vagas ao certame, ou um quantitativo significativo.

Por fim, invalidar ou mesmo reaplicar a prova possui custos elevados. Eles que vão desde financeiro até administrativo: atraso no ano letivo das universidades, e além da convocação dos alunos egressos do ensino médio. O mês de novembro está à porta. E, programar um vestibular não é fácil. É necessário tempo e dinheiro. Portanto, anular o ENEM seria prejuízo maior. Mas o pior é quando os estudantes se preparam o ano inteiro para o “dia D”, e ainda se verem em frente a mais uma angústia. Vê-se aí a postura do país perante a educação. Os alunos não são palhaços.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A EXPLORAÇÃO SEXUAL VIA INTERNET


Na internet a cada dia cresce assustadoramente o número de ataques cibernéticos a crianças e adolescentes, pondo à prova a imaturidade mental e sexual deles. Jovens que são ingenuamente manipulados por meio de redes sociais a se relacionarem com pessoas estranhas a elas através da Rede. Pessoas patologicamente transtornadas, que transitam sem perigo de serem encontradas e punidas por crime de coação de menores nesse território. Culpa de leis difusas ou mal-elaboradas, provedores de internet apáticos ao assunto, e especialmente a sociedade que se faz omissa.

É inegável que a internet atingiu o posto de maior veiculadora de conteúdo inapropriado no mundo. Nela atua um dos mais lucrativos comércios de tráfico de exploração infanto-juvenil, onde negociam fotos, vídeos e outros artigos da vida pessoal das vítimas. Segundo o relatório “On-line Child Abuse and Sexual Explotation” publicado pela ONG italiana Telefono Arcobaleno, foram mapeadas em todo o mundo 49393 páginas da Web, dentre as quais 8% pelo menos vivem de propaganda com esse sentido. Um aumento de 16,5% de sites com conteúdo erótico-infantil no período de 2008-2009.

No Brasil, há somente uma ONG oficial que combate esse tipo de prática na internet – Censura.com.br, desde 1998.

O ECA (Estatuto da Criança e Adolescente) prevê prisão para aqueles que fotografem ou publiquem pornografia com menores. Contudo, sua ação é pouco eficaz devido as brechas da lei. Resultado da falta de engaje político e social que se abstêm a abordagem temática. Desse modo, quem sofre com o abuso – humilhado – prefere não denunciar, além de não procurar tratamento psicológico agravando a problemática em si. Para tanto, criaram o DNN (Disque Denúncia Nacional – “Disque 100”) que em 2009 tomou parte de 29 mil casos, e nos quatro primeiros meses de 2010, 8,7 mil casos relatados.

Em 2011 estava previsto a unificação de informações coletadas pelas polícias Federal, Militar e Civil do país no Cenapol (Centro Nacional de Proteção On-line à Criança e ao Adolescente) que estaria junto com as ONG, o ECA e o DNN.

A promessa é de maior agilidade na resolução das denúncias de pedofilia virtual. Em auxílio a isso, os pais devem também orientar seus filhos quanto ao uso da Web. São inúmeras páginas – mídias sociais – que divulgam a vida de seus usuários em um verdadeiro banco de fofocas de formato atraente e sedutor aos olhos de quem os vê.

Por fim, exploração sexual é crime e posta-se como doentia à todos. Agora, combatê-la é difícil. Mesmo porque está presente onde existem pessoas com ideias e pensamentos diferentes, sendo impossível detectar quem seja um aliciador em potencial. Entretanto, o risco está essencialmente dentro de casa. A família que pouco dialoga tende a ser uma provável prejudicada. Porém vale ressaltar: observar a incompetência do Estado que deixa de se posicionar firmemente juridicamente em seu país é revoltante. Não deve ser o mundo da Web que passe a controlar o lazer das pessoas. No instante que isso acontecer, o Estado deveria agir com mais vigor em prol de sua população. Algo que não vem acontecendo no Brasil.

Leia também:

A INFLUÊNCIA DAS VÁRIAS MÍDIAS SOCIAIS

VÍDEOS:

*Internet é usada por pedófilos para

atrair vítimas:




*O pai descobre que filha foi violentada pela internet:

*Marcelo Tas SID 2011 - A função da Internet:


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A INFLUÊNCIA DAS VÁRIAS MÍDIAS SOCIAIS



A internet é considerada hoje uma das melhores ferramentas de exploração mundial tida como ótima difusora de notícias, opiniões e conhecimentos. Foi com base nisso que pessoas como os criadores do MSN, Orkut, Twitter, Facebook deram início a esse tipo de mercadoria. Uma mercadoria digital, impalpável, de poderes inimagináveis para governos que até então viam-nas como tolas – caso de Hosni Mubaraki, ex-ditador do Egito. Mas, talvez, o pior proporcionado por essas mercadorias que funcionam qual por redes sociais é o efetivo distanciamento físico entre as pessoas. As pessoas se comunicam por e-mails, por scrapts e “cutucões”, calcificando dessa maneira as relações inter-virtuais.

A influência da Web na vida de cada indivíduo desde o início do século XXI é inevitável. Ela está presente na tevê, no rádio, no papel de jornal via propagandas. E não é para menos, pois caracteriza-se uma das mais vendidas tecnologias de massa no mundo (diga lá Steve Jobs). Claro que ainda não pode ser considerada totalmente democrática, visto que para utilizá-la, faz-se necessário seguir um ritual de sacrifício: comprar o PC, escolher a operadora do sinal, escolher o provedor, comprar o modem e penar com uma velocidade medíocre de carregamento de sites.

Agora, o que mais faz sucesso na internet são as redes sociais.

No Brasil, há 36,6 milhões de brasileiros internautas dentre os quais cerca de 70% pertencentes a, no mínimo, uma rede social conforme pesquisa IBOPE/NetRatings. Desse número, a maioria adolescentes de fácil persuasão que utilizam das mídias sociais com finalidade de se mostrarem. Tiram fotos, vídeos, expõem sua vida e seu cotidiano a qualquer um portador de entrada a essas teias virtuais. Isso se torna algo prejudicial porque muitos jovens passam horas a fio em frente ao computador diminuindo, consequentemente, suas relações sócio-pessoais.

Segundo a psicóloga Ceres de Alves de Araújo, os adolescentes se exibem tanto no mundo digital a ponto de já terem sido chamados de Geração look at me (“olha para mim”). Esse fato poderia levar a sérios problemas de sociabilização, autorreflexão e introspecção, essenciais a formação pessoal. Para tanto, o controle das atividades na Web requerem um certo tom de cuidado no zelo do tempo de uso. “O computador é diversão. E diversão se larga para almoçar, jantar e dormir”, pontua a psiquiatra Içami Tiba em entrevista a uma revista.

Por fim, o acesso ao conhecimento e ao infinito mundo de conexões propiciado pela internet é, talvez, o mais transformador fenômeno de mundo contemporâneo. As redes sociais – Blogger, MSN, Flickr, Facebook – estão aí para serem usadas. Sempre na expectativa de que possam ser úteis para o bem, e nunca em excesso. Mesmo que, por vezes, elas sejam convertidas por grupos xenófobos à crimes cibernéticos contra negros, nordestinos e judeus. Motivos estes de preocupação que têm levado o domínio público a re-pensar nas formas de atuação das redes no meio social.



VÍDEOS

Não Faz Sentido! - Mídias Sociais


Social Media Revolution - A Revolução das Mídias Sociais

terça-feira, 27 de setembro de 2011

UMA JOGADA POLÍTICA DE MESTRE: MEDICINA – UEG/2013

A questão da educação no Estado de Goiás, assim como em todo o Brasil, sempre foi posta de lado. Mas agora, diferentemente de tempos passados, as pessoas começam a envolver-se cada vez mais no assunto. E por estarem relativamente mais atentas e informadas, o Governo de Goiás tem proposto medidas de re-estruturação da Universidade Estadual de Goiás (UEG). Tudo esquematizado em uma jogada política do atual governador – Marconi Perillo (PSDB) – que trabalha para a criação do não tão necessário curso de Medicina em uma universidade com média 2 de 5 no Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes).

Desde a criação da UEG ela é vista com certo receio e desprezo pela população. Fruto de governos desmotivados à ampliação técnico-humana na instituição. Por isso, resultantes físicas denigrem e comprometem o ensino tais como, prédios depredados, telhados quebrados, precisão de materiais de higiene e limpeza, e até energia elétrica, que às vezes é cortada por falta de pagamento. E não é só isso. Além da privação instrumental dos alunos, há também a privação científica. Ou porque os espaços para estudos são inexistentes, ou porque são pequenos para o número de pessoas.

A UEG, hoje, está presente em 49 municípios com 42 unidades que administram 153 cursos. Possui 20802 alunos, 2494 professores e 144 servidores. É considerada uma das maiores universidades do país, e ao mesmo tempo uma das cinco piores de acordo com o MEC (Ministério da Educação e Cultura). Tudo porque seu orçamento é escasso. O Estado destina a instituição apenas 2% do dinheiro arrecadado pelos cofres públicos – quase R$ 140 milhões – enquanto que a UEPB (Universidade Estadual da Paraíba) recebe R$ 340 milhões para 41 cursos [por favor, comparação sem discriminações]. Com a proposta de re-estruturação na instituição feita pela Sectec (Secretária de Ciência e Tecnologia do Estado de Goiás), cursos de baixa demanda no vestibular seriam extintos e outros transferidos.

As principais metas para a tal reordenação da UEG são Autonomia Universitária (Política, Financeira, Acadêmica e de Gestão) e Re-estruturação Acadêmica (Centros de Estudos Regionais). Tudo isso elaborado pela Sectec. Não foi a UEG por meio de seu corpo dirigente que graduou mudanças, e sim a Sectec a mando do Governo. Desse modo o Governo infringe a Constituição Federal e a Gestão Democrática pautada pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), ferindo a soberania da Universidade em assuntos internos quanto a, por exemplo, criação e extinção de cursos. Prevê-se que ocorra o fechamento de seis cursos: Pedagogia em Nova Crixás, Itaberaí e Luziânia; História e Letras em Jussara; e Tecnologia em Redes de Computadores em Trindade; e o remanejamento de outros dentre as unidades. Prevê-se também a criação de Medicina (Aparecida de Goiânia) e Direito (Iporá) na UEG.

O presidente da ADUEG (Associação dos Docentes da UEG), professor Emerson de Oliveira, diz que não há novidades na re-estruturação da universidade, a não ser os cortes de cursos (ouça a entrevista do professor a Rádio 730am). O então vice-presidente do DCE (Diretório Central dos Estudantes), Frank Boniek, em entrevista ao Jornal Opção e ao O Popular, disse que são “propostas maquiadas” as feitas pela Sectec. “Eles não conhecem a realidade dos cursos, e portanto, mexem no que pouco sabem.” E confirma os dados acima: “Não serão extintos seis cursos e sim 32 (especula-se ainda por volta de 59 cursos e demissão de 900 professores – Diário do Interior), pois os atuais cursos seriam transferidos para onde já são lecionados. Exemplo, os cursos de São Miguel do Araguaia que irão para Porangatu.”

Por fim, fica clara a real intenção do presente governador. Nunca antes na história de Goiás, o excelentíssimo governador teve vontade em equipar a universidade ou erguê-la academicamente. Politicagem. É só esperar que na próxima campanha eleitoral, ele estará se vangloriando pelos cursos de Medicina e Direito criados, e pelo “bem” proporcionado por seu governo à todos. Capacitar melhor os professores, construir escolas, hospitais, e desburocratizar o sistema judiciário nem passa pela cabeça desse tipo de político. Contudo, espera-se que agora realmente as coisas entrem no eixo tão essencial à educação. Um Estado tão grande para UMA universidade federal (UFG) e UMA universidade estadual é pouco demais pra tanta gente afim de crescer intelectualmente.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

“MAIS IMPOSTOS, MENOS SAÚDE. MAS NÃO ESQUEÇAMOS: TEMOS COPA EM 2014”


Está sendo cogitado em Brasília o retorno da CPMF, agora com a finalidade de financiar a saúde. O problema é que para melhorar a saúde, usam da fala “De onde tiraremos dinheiro?” E concluem: “Porque não da CPMF (CSS).” Nada contra o retorno do imposto, se compensado por outro e que seja bem empregado. Agora, seu gasto deve ser leal. Não com estádios sem funcionalidade social após 2014, mas impreterivelmente com saúde (educação, moradia, alimentação). Digo porque a aplicação do dinheiro público sem licitação vem ocorrendo na cara dura em Estados que promoverão os jogos da Copa.

Não é de hoje que o sistema de saúde brasileiro apresenta debilidade no seu espaço preventivo. Herança de governos sem vontade política e desejosos de mudanças rápidas. Mesmo porque programas sociais não dão retorno ao Governo, pensam. Assim, atuar de forma impactante e bem visível consiste em executar programas sociais: pavimentação, construção de praças, doação de cestas básicas à famílias carentes. Com o quase total sucateamento da saúde, propõem ressuscitar a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), o que para uns é um verdadeiro tormento.

A CPMF marcava pressão em cima de todas as movimentações bancárias, exceto negociações na Bolsa, saques de aposentadoria, seguro-desemprego e salários. Na realidade, a volta da CPMF seria batizada de CSS (Contribuição Social para a Saúde), na expectativa de arrecadar quase 35% a mais se comparada a sua última atuação (de 9 bilhões para 12 bilhões). É por isso que partidários do DEM e tantos outros partidos (deputados, empresários), repudiam a sua volta. Descontaria na sua gorda conta bancária. Formatado como imposto direto, sem grandes chances de driblar o Estado por malandros e seus contadores – como fazem no Imposto de Renda –, assinala um dos impostos mais justos no Brasil.

Poderia até tentar engolir o possível fato da tributação do imposto, por ser uma causa justa – a saúde. No entanto, estádios de futebol são mais importantes que seres humanos? Construir estádios com o dinheiro público em sobra no caixa... pode, mas remediar o povo nada né! Isso é justo? Do mesmo modo, com típico discurso de abrandamento de massas: “enchemos vocês de porrada, mas fazemos rirem. E tem mais, logo faremos a Copa”. Aliás, eles diriam melhor: “Cobramos mais para melhorar a saúde, já tão defasada. Trabalharemos incansavelmente no aprimoramento dos serviços! Mas não esqueçam: teremos Copa em 2014!” eeeee...

Encarar um Governo que prioriza um evento esportivo em detrimento de sua nação é revoltante. Todos os dias pessoas morrem em filas de atendimento nos postos de saúde a espera de consulta, porque o Estado absteve-se de proporcionar um acolhimento decente ao paciente e seu devido tratamento. Se fosse caso de falta de dinheiro... mas não. Há excessos. E muito excessos mau gastos. As causas disso não são novas. Além de desvio de dinheiro, corrupção e superfaturamento de materiais, existe àquilo que não é posto em pauta – fica atrás dos bastidores.

Enfim, apoio o retorno da CPMF, ou melhor da nova CSS. Retirar daqueles que muito têm e investir em algo funcional se faz correto. Contudo, explorar das pessoas simples – como o Estado sempre fez – e ainda reverter o erário público em obras de estádio para evento de um mês é desonesto. Desonesto com o trabalhador humilde que não paga esse imposto, mas paga tantos outros que sugam seu salário, e todas as outras classes sociais. Já tá passando da hora de uma reforma no organismo dessa conjuntura estatal.

domingo, 4 de setembro de 2011

NÃO ESQUEÇAMOS DO CASO FICHA LIMPA


Quinta-feira passada,1° de setembro, ao assistir o jornal à noite pouco desviado de minha rotina, deparei com uma ótima notícia: foram aceitos os argumentos para a efetivação da Lei Ficha Limpa. Pulei e gritei de felicidade ao escutar o apresentador repassar a decisão do Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel. É sabido por todo o Brasil a real necessidade da vigência dessa lei reivindicada pelo povo. Ninguém aguenta mais tanta bandidagem de colarinho branco em Brasília nem de qualquer outro tipo.

De fato, não é de agora que a população brasileira convive com a roubalheira. Na verdade, ela sempre existiu. Porém, tal roubalheira passou a ser amplamente divulgada e combatida pela sociedade desde então, pois ela tem sido um pouco mais critica e informada em razão dos atuais meios de comunicação. Percebe-se que, mesmo modestamente, a nação brasileira torce por mudanças imediatas.

Quando expulsei meus sentimentos naquele segundo, um certo alguém – como tantos outros “tupiniquins” afora – sem demora, colocou-me na mira: “Meu chapa, esqueceu que estamos no Brasil. Próxima semana ninguém lembra disso mais, cai na real.” Olhei aquele ser com desdém. Não sabia se estava sendo irônico ou se estava com raiva por algo (foi que pensei). De prontidão respondi: “Pois é, tipos assim como o seu retratam a verdadeira face da derrota no país, simplesmente por se acomodar. Só não chore depois por salário ou imposto caro.” Ficou mudo, e eu sai. Não sou bobo né!

No Brasil ainda persistem problemas de infraestrutura e formação humano-profissional, decorrentes da falta de investimentos. Estes, aprovados ou não por mestres e doutores em política que ocupam o Senado e a Câmara. Velhos doutores que não largam o osso, e reclamam de salários toscos que chegam aos R$ 20000,00. Basta! Mudanças são necessárias.
E já! Esta bandeira de luta contra incompetentes que empesteiam órgãos públicos precisa ser de todos os brasileiros. Enquanto isso, escândalos e mais escândalos são denunciados pela mídia devido a lavagem de dinheiro, desvio de verba pública, superfaturamentos, mesadas gordas e cuecas macias, o país sofre.

Por fim, reitero a destinação de meus breves argumentos: perfeita decisão (mesmo demorada) a tomada pelo Procurador-Geral da República, referente a invalidação de cargos daqueles picaretas (vulgo: deputados), no Governo. A atitude tomada para mudanças mais efetivas começa a dar brilho. A voz do povo começa a ser ouvida. Agora resta-nos acompanhar com atenção os próximos movimentos na capital federal. Pode ser o momento de uma vitória democrática na história para todos, e não de alguns poucos.

VÍDEOS:




(Re-)Leia também:

A MÁFIA NOS TRANSPORTES

O BRASIL NECESSITA DE UMA CONVULSÃO SOCIAL

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A SOCIEDADE ESTÁ MEDROSA POR TUDO

Vi um dia desses na televisão, em um programa de canal fechado, uma discussão sobre o atual comportamento da sociedade brasileira. Era posto em pauta a forma de relacionamento entre os indivíduos e o meio com a liberdade. E, um dos convidados pelo programa falou algo que me chamou a atenção: “Por não conhecermos as pessoas que nos cercam, vivemos condenados ao medo e ao constante estado de apreensão”.

Fui refletir sobre aquela frase, e cheguei a conclusões quase certas e notórias: vivemos em um binômio de segurança-insegurança. Quantas famílias pagam condomínios caríssimos, investem na blindagem de seus carros e chegam ao cúmulo de vigiar/rastrear seus filhos. Não seria demais pensar nisso, enquanto uma sociedade vive em constantes ondas de criminalidade, por sujeição dessas condutas.

A necessidade de liberdade para qualquer ser humano instiga-o a se desamarrar de toda uma cadeia que a ele foi imposta. Cadeia esta envolta pela família, pela Igreja, pelo Governo que não estruturam harmoniosamente a cabeça de futuros adultos. Assim, esses futuros adultos passam por crises de idade e não sabem como agir em determinadas circunstâncias da vida. Por exemplo, quando um casal resolve se casar mas ainda tem medo de abandonar as mordomias de solteiro.

Da frase dita pelo convidado ao programa de canal fechado, pode-se ver também que as crianças sofrem. Elas são privadas de se divertirem por estarem aprisionadas dentro de casa. Isso me veio quando ouvia a uma rádio de notícias, em que Gilberto Dimenstein concluía essa ideia: “a criança tem sido tanto superprotegida pelos pais por causa da crescente violência, que os pequenos vêm gerando doenças como a obesidade.” Vejam só! É um mal que leva a outro mal. Mas, infelizmente essa foi a única solução encontrada para a não ocorrência do pior.

Então, eu poderia tentar resolver uma questão: será que a sociedade está doente por uma psicopatologia (copiando Lúcio Malagoni, do O Popular) que é fácil de ser diagnosticada e difícil de ser curada? Provavelmente sim. Não seria trabalhoso apontar problemas para as causas das inúmeras dificuldades do meio humano. A questão é como resolvê-las. Quando isso tiver sido descoberto, enfrentado e combatido eu serei o primeiro a derrubar o meu muro.

Leia também:

TEMPOS DE CONSCIÊNCIA

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A MÁFIA NOS TRANSPORTES


Há pouco tempo começou a ser desmantelada no país um dos maiores esquemas de corrupção e fraude já vistos na área dos transportes. Denúncias direcionadas a altos cargos do Ministério que derrubaram o ex-ministro dos transportes Alfredo Nascimento, e seus aliados. Dentre eles Luiz Antônio Pagot – diretor geral do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), José Francisco das Neves (o Juquinha) – diretor presidente da Valec (estatal responsável pelas ferrovias) e os assessores do ex-ministro. Todos ligados ao PR, Partido da República.

O PR é responsável pelo Ministério dos transportes cerca de sete anos. Lá, teve a função de coordenar obras da logística que o próprio nome carrega, transportes. Por exemplo, a construção de rodovias – federais –, de hidrovias, de ferrovias, a manutenção das mesmas e seus respectivos custos e afins. Porém, não é o que se vê rodando pelo país. O escândalo noticiado na mídia está focado, principalmente, nas rodovias. Estas mal geridas e que servem de trânsito para o roubo do erário público por aqueles de colarinho branco. Perfaz-se assim, a incompetência e falta de punho do partido em administrar um posto de importância econômica ao Brasil.

Até o dia 27 de julho, haviam sido demitidos 20 servidores do Governo, em que, a maioria dos demitidos são do Partido da República. Contudo, essa atitude advinda da presidência provocou a irritação da cúpula do partido nas casas de votação. Então, um deputado do PR disse que o Governo deve ser mais cordial com a base aliada para não ter problemas no Senado e na Câmara. Isso porque o Governo efetuou tais demissões sem consultar seus coligados pois era evidente que o Ministério precisava passar por uma re-estruturação o quanto antes. O engraçado disso é que o PR ao invés de dar exemplo, repudiando as atitudes de seus membros que foram afastados por corrupção os apoia. Para não criar mais atritos, o Governo (PT) também afastou seu partidário, Hideraldo Caron da Diretoria de Infraestrutura Rodoviária do Rio Grande do Sul.

Os principais problemas que têm resultado nessas demissões ou afastamentos do Ministério,reside nas 23superintendências do DNIT. Dentre elas, 15 estão sendo investigadas por superfaturamento de obras, corrupção, fraude em licitações e tráfico de influência. As denúncias atingem os Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Enquanto isso, obras paradas, ou mesmo rodovias sem asfalto ou com sérios riscos a causar acidentes. Faltam sinalização, acostamento, e sobram nervosismo/tensão ao dirigir por BR's movimentadas de sentido ida-e-volta.

Semana passada, em entrevista à imprensa o ministro das comunicações, Paulo Bernardo, filiado ao PT, disse que é quase impossível não haver problemas no DNIT, quando se referia ao caixa do órgão que neste ano chega perto dos 14 bilhões de reais. O ministro completou sua fala: “o TCU (Tribunal de Contas da União) vai continuar apontando irregularidades no setor. Isso não vai mudar”. Com essa fala senti um certo tom de desprezo, menosprezo, de alguém que por obrigação deveria combater essa situação, mesmo que esteja “fora de sua ossada”.

Por fim, “Já estava na hora de realizar uma faxina em Brasília. Não com a tal vassourinha como quis Jânio Quadros, mas com algo feroz: tratores potentes que rasgam e duplicam estradas superfaturadas e aditivadas a bel prazer”. Assim, Ademir Rêgo, escritor e colunista do Surgiu do Tocantins, expõe a sua opinião e a de muitos brasileiros indignados com este abuso de posição de certas pessoas na Esplanada. Só espero que toda essa máfia nos transportes seja punida com rigor, para então o Brasil se alinhar e interligar mais efetivamente e comodamente os seus extremos continentais.


Leia também:

O BRASIL NECESSITA DE UMA CONVULSÃO SOCIAL

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O BRASIL NECESSITA DE UMA CONVULSÃO SOCIAL

O Brasil ainda resiste em pleno século XXI a uma transformação de âmbito nacional em suas esferas, que abrangem domínios sociais, políticos, econômicos e filosóficos. Mas imaginar a possibilidade disso ocorrer, não requer luta e força de vontade somente do Governo, como muitos pensam. Ao contrário, a luta é do povo. E tal peleja deve ter por finalidade construir um país de igualdade de direitos, independentemente da condição social.

Há pouco tempo foi repercutido no país o desabafo de uma professora do Rio Grande do Norte, na tribuna da Assembleia Legislativa. O vídeo anexo a esta postagem, traz a íntegra de seu discurso. “Como assim não vamos falar da situação precária da educação, secretária Betânia Ramalho? Estamos aceitando a condição precária da educação como uma fatalidade, é isso? e ainda querem que eu salve o Brasil com um giz e um quadro na mão?”, disse. Por quê uma professora teve de fazer isso? Cadê a posição de nossos ilustres legislantes e executivos que cobram caro para fazer nada? Enquanto isso, docentes despreparados e mal pagos, infraestrutura escolar péssima e o apoio ao aluno zero.

Outro descaso, está presente na saúde. Hospitais e postos de saúde lotados, número de leitos insuficientes, triagem para atendimento do paciente defasado, e a falta do principal: médico. Ou seja, quem por uma infelicidade, cai em doença e recorre ao SUS (Sistema Único de Saúde), ficará horas na fila a espera por uma consulta. Deveria ser um serviço básico de prestação do Estado que muito explora o cidadão.

O irritante de tudo já pontuado, é que não são casos isolados. Da mesma forma que a educação e a saúde passam por impasses, o transporte público e a segurança pública também passam por questões parecidas. Porém, existe uma solução: GREVE GERAL. Claro que, de certa forma, situa-se em pontos por radical, contudo, é uma maneira do povo chamar a atenção das autoridades a seus apelos.

No momento em que a população não aguentar mais tanta injustiça, tanta corrupção, e outras tantas mentiras, estourará a revolução. Talvez aí, mudanças aconteçam. Para tanto, o trabalhador deve se dar conta do enorme poder que tem em mãos. Então, juntos, declarar greve geral com médicos, professores, policiais, motoristas do transporte público e demais frentes, afim de abalar a estrutura de um Estado que só se fortifica. Entretanto, a grande massa nacional ainda vive com a cabeça no estômago, impedindo mudanças mais profundas.

Ano que entra terá novas eleições para prefeito e vereador. Se você leitor(a) quer transformações em seu município, pense e investigue possíveis candidatos. Até então, é cedo para pensar nisso. Mas, analise os pré-candidatos. Será que a grande maioria deles não perfazem o tipo liberal-conservador ou o tipo “deixa como tá, que tá bom (pra mim)”? Nem sempre radicalizar faz-se uma boa saída, diferentemente de algumas revoluções históricas e atuais. Porém, o Brasil começa a clamá-la. E quando essa revolução-grevista estourar, efetivamente uma nova estrutura político-governamental vai começar.

DEPOIMENTO DA PROFESSORA AMANDA GURGEL


Leia também:

CARTA ABERTA À SOCIEDADE BRASILEIRA SOBRE O SISTEMA POLÍTICO EM 2010 E PARA 2011