Creio não ser difícil o acesso à leitura para àqueles interessados em um mundo diferente. Um mundo mágico, proporcionado pelos narradores de livros, que estão encostados – infelizmente – nas prateleiras do país. Há locais de venda ou mesmo de empréstimos de livros. Basta procurar. No entanto, sei também que o Governo tem pecado (e muito) quanto a falta de incentivo à leitura. Pois a construção de uma sociedade é baseada justamente na capacidade de decisão, reflexão, proporcionada pela leitura.
Segundo Arnaldo Neskier, escritor pela Folha de S. Paulo, estamos em estrondosa deficiência no sistema educacional e na produção literária, se comparados aos países desenvolvidos. Os EUA produzem onze livros por pessoa, e a França sete, enquanto que o Brasil é pouco mais de dois por pessoa. Porquê essa situação ocorre? Falta de estímulos, ou quem sabe, preguiça? Provavelmente. Em uma nação que prefere formar jogadores de futebol ao invés de cientistas, não seria de se espantar esses dados.
O livro se fez uma das maiores invenções na história. E é por meio dele que se dá as possibilidades de se conhecer os valores, os saberes e a imaginação humana em seu senso estético pelas diferentes épocas. Com o advento da tecnologia, as “pilhas e pilhas” de livros virtuais cresceram gradativamente. Tanto que as super empresas já passaram a fabricar livros eletrônicos em formato de laptops e palmtops almejando um novo público. O problema é que justamente pela falta de interesse pela leitura, muitos jovens nem fazem usufruto da situação.
Apesar do surgimento de tantas inovações tecnológicas, é certo que o livro dificilmente sumirá. Porém, a entrada da tecnologia virtual do livro é valiosa para a difusão do conteúdo informativo. Mostrar a real importância da leitura à sociedade, seus benefícios econômicos, morais e construtivos seja ela por qualquer meio é precisa. Jogar a culpa da irresponsabilidade no Governo, nos pais, na própria pessoa que se alienaram é perder tempo. Correr atrás agora, é importante, no intuito de construir uma nação que leia, e quiça um dia “ter livros à mão cheia” para todos.