"Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las."
Voltaire

domingo, 13 de maio de 2012

Em Memória AO PROFISSIONAL, AO FAMILIAR, AO AMIGO



Não é você que vai se mostrar no tempo, mas é o tempo que vai demonstrar quem você foi nele.”

O país está de luto. Luto, porque perdemos um dos melhores delegados do Brasil, do Estado de Goiás, Doutor Antônio Gonçalves. Alguém que sempre esteve disposto a ajudar de alguma forma, todos aqueles que lhe pedissem socorro. Não por interesse, lisonjeios ou vanglórias, mas sim pela atitude natural de si doar pelo próximo. São poucos que conjugam o bom profissionalismo, o bom companheirismo e o bom diálogo com qualquer pessoa. É isso que o Doutor Antônio, o tio Antônio, conservava de mais valioso e de mais especial brilho no convívio diário no trabalho, em casa, nas ruas. Um brilho marcante, impossível de ser ofuscado.

Nascido em 1947, Antônio Gonçalves Pereira dos Santos era natural do Piauí – Pedro II –, terra da qual sempre se orgulhara. Após prestar ao exército no PI, veio para Goiás já moço, na intenção firme de mudar de vida. Estudando muito em meio a tanta dificuldade, conseguiu ingressar na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás, onde ainda se conserva a placa de sua turma. Executou o conhecimento adquirido em diversas delegacias da capital e das cidades metropolitanas, sempre baseado na honestidade e na justiça. Dessa forma, atingiu um dos postos mais importantes e influentes dentro da Segurança Pública de um Estado, por intermédio de sua vasta experiência.

Doutor Antônio não recusava auxílio, independentemente da situação. Fosse qual fosse o problema, sempre, sempre procurava uma solução viável. E não exigia nada em troca, senão alguns minutos de papo e umas xícaras de café. Ele era assim, sem tirar nem pôr. Único. Insubstituível. Uma perda irreparável para todas as esferas, desde a particular até a pública. Mas não só ele, Doutor Jorge, Doutor Osvalmir, Doutor Bruno, Doutor Vinícius e os seus colegas de profissão, os peritos Fabiano e Marcel, farão falta. Um buraco na vida de todos que então, só poderá ser preenchido com suas lembranças.

Por fim, agora, fica o exemplo. O exemplo da competência, da capacidade, da amizade, do carisma, do sujeito que nunca deixava a família de lado. Se tentarmos a cada dia, seguir o caminho que Antônio Gonçalves trilhou em vida, se superando na frágil natureza humana, seremos melhores. Seremos mais leais, mais responsáveis, mais companheiros, mais felizes. Claro, será impossível esquecer a pessoa de humor alegre, de sorriso verdadeiro, de abraço forte, de gargalhada inconfundível, de frases marcantes – “ooohhh rapaz!”. É algo que não se esquece. Fica marcado. Assim, tenho apenas uma coisa a lhe dizer – doutor, tio, pai, irmão, amigo Antônio: Para mim, foi uma honra ser seu sobrinho! Adeus.