"Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las."
Voltaire

domingo, 28 de novembro de 2010

O CÂNCER NO RIO DE JANEIRO: POLÍCIA x TRÁFICO



Agora é Guerra! Polícia de um lado e Tráfico do outro

O problema das favelas do Rio de Janeiro é histórico, e já acompanha a cidade desde o começo do século XX. Lá a concentração da classe mais desfavorecida pelos avanços sócio-urbanos é alta, o que estimula o crescimento da ilegalidade e o desvio dos modos burgueses de conduta.

A falta de oportunidades para aqueles que moram nas inúmeras favelas espalhadas Brasil a fora – em especial as favelas Vila Cruzeiro e o Complexo do Alemão, local do conflito no RJ – são consequências do descaso do Governo Estadual. Desprezada as necessidades do povo como educação, moradia, saneamento, transporte e segurança, tudo isso, estimulou com que jovens entrassem na criminalidade repercutida na “cidade maravilhosa”.

Há tempos a polícia vem trabalhando “ferrenhamente” no combate ao crime organizado. E uma das táticas de combate é a criação das UPP's – Unidade de Polícia Pacificadora – implantadas nas comunidades mais violentas. O maior intuito das UPP's é de proporcionar segurança ao cidadão de BEM. Proporcionar à ele a dignidade de viver sossegado. A construção de escolas, postos de saúde e parques públicos resultam da realização desse programa.

O tráfico, desde então, têm sido reprimido. A perda de espaço na venda de drogas e armas tem estado em primeiro lugar na ação policial. A área inteligente da polícia tem feito um ótimo trabalho, quando possibilitaram o trabalho em conjunto dos vários órgãos competentes. No entanto, no dia 21 de novembro, domingo, começaram os ataques em alguns pontos da cidade do Rio. A queima de carros e ônibus pelos traficantes para intimidar os policiais e a população foram um dos recursos utilizados pelo tráfico.

Tais fatos rodaram o mundo pela semana com manchetes do tipo: “Polícia diz para que moradores não saiam de suas casas(ALJAZEERA); Tropas policiais acordam a favela com fortes grupos armados( EL MUNDO); No Rio, a operação contra o tráfico continua(LE MONDE)”. Com certeza tudo isso não é bom para a imagem do Brasil, que possui justamente o RJ como sede principal da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016.

É mais do que urgente o Brasil efetivar um trabalho que não permita o avanço dessa situação que se fixou no polo integrador do país. Por mais que o tráfico esteja enraizado como um câncer em estágio crônico, ao contrário deste, ainda há cura para o RJ.

Toda a atuação da polícia e o forte desempenho do BEM, é visto com base no apoio popular. As pessoas ajudam os militares envolvidos na erradicação do MAL nas favelas do Cruzeiro e Complexo do Alemão, na medida do possível. Fornecendo água e informações preciosas que auxiliaram a PM e o exército no alcance de criminosos. Muito diferente de tempos passados, em que a população se via acuada frente a força dos chefes do tráfico, o povo esteve mais participativo no combate. Somente a dupla polícia-cidadão é capaz de vencer essa guerra.

Enfim, é almejada a PAZ. A PAZ que nunca reinou ali, e que tanto é pedida. As pessoas querem poder andar tranquilas com seus filhos pelas ruas, sem se preocupar em levar um tiro ou ser morto. Não pode ser assim um país sede do maior (talvez) evento futebolístico do mundo. Queremos para todo o Brasil paz. Paz esta que tem sido roubada do povo. Quem será que a roubou? Assista Tropa de Elite 1 e 2.

Veja alguns vídeos feitos pela Rede Globo:




2 comentários:

Unknown disse...

Antes tarde do que nunca, essa frase poderia ser o verdadeiro tema dessa ação da policia no confronto com os traficantes.

O que é um triste de se ver, por que primeiro o governo, em todas as suas esferas, deixa o trem partir para depois de um longa, sombria e perigosa viajem tentar barra-lo esquecendo assim a mais necessária medida de proteção a famosa prevenção.

Unknown disse...

Infelizmente vivemos isso, caro amigo. É todo um sistema mal-estruturado que possui seu germe na família.
Claro, o Estado tem boa culpa nisso. No entanto, é preciso também observar como o seio familiar tem seu cotidiano.
Só assim é possível mudanças mais profundas.