emdialogo.uff.br,
2012
A
sociedade é construída por mudanças sejam elas racionais ou
gradativas que afetam a todos. Mudanças que estão, geralmente,
relacionadas a carga de supersaturação de problemas estruturais e
administrativos regidos pelo Estado. E quando sua conjuntura se
mostra ineficaz, burocratizada e sem progresso, logicamente, a
insurgência ocorrerá. A mentalidade desses revolucionários vem de
encontro a de outras gerações no poder. Aí sim, com o
reconhecimento de ideais pode-se lutar com fervor por novos tempos.
Um
dos palcos mais expressivos na atualidade da luta juvenil por
mudanças conjunturais, acontece no mundo árabe. Ali, povos
sobrepujados por regimes autocráticos hereditários confiscam a
máquina estatal em prol de seus desejos e ambições. Para tanto,
ignora as necessidades básicas de seu povo, já que não o
representa efetivamente. Daí a revolta na Tunísia, Egito, Líbia,
Síria e outros, que não respeitam a democracia e a liberdade que
aquela população enxergou no ocidente.
Especialmente
para os jovens que vivem sobre os olhos de um Governo pouco
democrático, é motivo suficiente lutar contra ele. Por quê? Porque
a vontade de aspirar boas expectativas para o futuro – que não se
faz tão distante –, de poder desempenhar um papel único e
igualmente fundamental na sociedade via trabalho, via educação,
move a “Geração dos 20 (anos)”. Um Governo ditatorial não dá
essa visão a seus adolescentes.
E
o Brasil não fica fora dessa análise. A população brasileira tem,
aos poucos, percebido o quão danoso é possuir um governo que
aparenta representá-lo. Justifica-se isso ao checar os índices de
corrupção política, econômica (impostos excessivos), educacional
(cotas), social (transporte e saúde) e cultural (teatros) que
permeia o país. Logo, movimentos que buscam a “Igualdade para
Todos” – refrisa-se, via “Geração dos 20” – se veem
obrigados a lutar por dias melhores.
Em
suma: há sim sentido para lutar. Lutar por ideais que a maioria
clama e aceita incondicionalmente. Prova disso é a Lei da Ficha
Limpa com 1,3 milhão de assinaturas, é a Primavera Árabe que
abalou décadas de monopólios familiares. O século XXI veio
confirmar todas as causas revolucionárias do século XX que
vigoravam no ocidente. Se integrar ao meio politicamente,
socialmente, ecologicamente pontuam formas específicas de como se
engajar. Então, lutar não é somente necessário, é preciso para
confirmar a nova posição dos tempos à transformações definitivas
elaboradas no presente.
Leia Também:
A COMPLICADA CONVIVÊNCIA HUMANA
A DISTORÇÃO DA FELICIDADE
Nenhum comentário:
Postar um comentário