O
dengue tem sido uma das principais doenças de preocupação no
Brasil de relevância pública. Em especial pela proporção tomada
nas últimas décadas. Atitudes simples de prevenção à doença têm
sido negligenciadas pela população, enquanto o Governo vem se
moderando no combate a epidemia. Devemos ter a real noção da
gravidade da situação, pois caso o dengue domine de vez o quadro
que se instala na sociedade será muito complicado remediá-lo, uma
vez que não há tratamento específico para ele.
A
historiografia narra a primeira descrição da doença em 1780, por
Benjamin Rush na Filadélfia. A partir daí, os estudos foram sendo
aprofundados, quando no início do séc. XIX constatou-se uma ligação
com o vírus da febre amarela. No Brasil, a campanha brasileira de
erradicação do mosquito Aedes aegypti
iniciada por Emílio Ribas em 1903 e Oswaldo Cruz em 1904, obteve
tutela técnica e financeira da fundação Rockefeller. Talvez por
isso não tenha registros de contaminação entre 1923 e 1981. O
primeiro sinal de reinfecção foi na cidade de Belém do Pará.
Doença
reemergente com formas graves que nos últimos anos ganhou o status
de surto epidêmico, o dengue vem causando inúmeras vítimas pelo
país. Goiás, de acordo com o Ministério da Saúde, é o segundo
Estado com o maior número de incidências. Dados coletados entre os
dias 1° de janeiro de 2013 e 16 de fevereiro de 2013, mostram que
foram 444,8 casos para cada 100 mil habitantes. Ou seja, algo próximo
a 28 mil pessoas só neste período em Goiás! O vírus vem se
alastrando devido a reinfecções da doença ocasionada pelas suas
variantes – além de ser favorecido pelo clima tropical. São
quatro categorias virais (1, 2, 3 e 4) e, em termos de virulência,
na ordem decrescente têm-se os sorotipos 2, 3, 4 e 1.
Os
sintomas são variáveis, sendo as principais manifestações: febre
alta (tipo febre quebra-ossos), dor muscular, dor nas juntas,
fraqueza, náuseas, vômitos, dor no fundo dos olhos, manchas
vermelhas na pele (formalizam a doença) e pequenas hemorragias. Esse
é o quadro dito clássico. A forma mais grave, generalizada “dengue
hemorrágica”, tem sintomatologia primária equivalente à
clássica. Logo após o 3° ou 4° dias, começam a ocorrer
sangramentos internos, hipotensão, lábios roxeados, dores
abdominais e alternam-se períodos de letargia e de agitação.
Crises dessa magnitude podem levar a morte.
Uma das consequências do dengue é a
hipovolemia. A perda excessiva de água, que pode gerar falência
circulatória evoluindo para choque e morte. Portanto, recomenda-se a
hidratação contínua. Outra recomendação é evitar ingerir
remédios à base de ácido acetil-salicílico e outras substâncias
anticoagulantes em suspeita de dengue, pois estes potencializam as
hemorragias. Então, como se prevenir desse mal? A doença pode ser
controlada e eventualmente suprimida com a eliminação dos vetores.
Uma medida é impedir o contato do mosquito a qualquer tipo de água
onde ele possa depositar seus ovos e suas larvas desenvolver-se;
devem-se cobrir caixas d'água, vasos, pneus e utensílios que
acumulem água para evitar a formação de criadouros; uso de
repelentes, mosquiteiros, telas e cortinados. O combate biológico
pelo fumacê também é válido. E, lógico, a mobilização da
comunidade em prol do saneamento ambiental.
Enfim, o combate ao mosquito (ao
dengue) deve ser metódico e insistente. Seus ovos são habituados ao
clima e podem se manter por longos períodos sem água. Todo cuidado
é pouco. Por conseguinte, dedicar um tempo mínimo (que seja
semanal) para prevenir-se do mosquito se faz necessário. Esperar
pelo poder público para agir pode não ser uma boa ideia. Agora, se
ainda assim as pessoas não se motivarem nessa luta, a multa pelo
desleixo deve ser aplicada exemplarmente. E que doa muito no bolso.
Porque melhor a multa para combater a dengue, do que sentir na pele o
que as manchetes denunciam todos os dias.
***QUER SABER MAIS
CARTILHA DE COMBATE AO DENGUE:
PORTAL DA SAÚDE - MINISTÉRIO DA SAÚDE:
SITE DA DENGUE:
***VÍDEOS
COMBATA A DENGUE - COM VITOR BELFORT
COMBATA A DENGUE - MINISTÉRIO DA SAÚDE
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