Na
sociedade em que vivemos hoje prega-se, insistentemente, padrões
pré-determinados de moda, estilo de vida, de conceitos de certo e
errado que não abrem brechas para o exótico, o fora de época. E,
quando isso acontece, inúmeras situações de discriminação estão
previstas para ocorrer. Não por acaso, o que foge das aparências
rotineiras causam espanto nas pessoas devido a sua criação. Cabe a
cada um de nós aprendermos a relativizar (bem) as situações pelas
quais passamos para tentarmos enxergar imparcialmente o “desigual”.
Nunca
se falou tanto em igualitarismo nas suas mais variadas formas como
agora neste século. Século que preconizou a igualdade como uma das
conquistas revolucionárias que ocorreram no século XX. E, que
então, segue em busca de respeito. Porque na época o conceito de
vida social se baseava categoricamente no “uniformismo humano”.
Todos deveriam ser defensores das mesmas ideias, preceitos e vontades
sem questionar a nada ou alguém. Uma verdadeira ditadura de opiniões
e pensamentos modelados segundo o que julgavam certos líderes ser o
mais bonito, o mais correto para ele e para o seu povo (a sua suposta
raça).
Devido
a esses tais “engessamentos de opinião” que foram passados de
geração a geração – os quais ainda sobrevivem – deram início,
assim, à formalização dos inúmeros preconceitos: raciais,
sexuais, físicos, comportamentais. Por que julgam tanto o negro, o
gay, o deficiente físico? O que essas pessoas fizeram de errado?
Terem nascido? A ira de Deus se revelando? Geralmente aqueles que
defendem tais posicionamentos, perfazem um grupo restrito e sem
fundamentos que prega o ódio e a violência como única maneira de
exterminar da sociedade a presença daqueles marginalizados.
A
sociedade é construída por diferentes histórias trilhadas por
caminhos distintos. Cada pessoa se faz como o único exemplar de uma
linha de produção não automatizada, que porta hábitos
convergentes ou não, costumes convergentes ou não, crenças
convergentes ou não. As pessoas são diferentes e não iguais como
tentam (ou tentavam) rotular. Por isso, a tamanha intolerância pelo
incomum. Perceber esse fato, monta a real importância de se viver em
comunidade.
Finalmente,
aceitar o que sempre pareceu estranho para nós como normal pode ser
um choque. Justamente porque o diferente do que somos é enfrentado
como errado – inoportuno de se executar. Daí a razão dos
conflitos étnicos, nacionalistas, políticos, esportivos. Se cada um
pondera-se melhor o lado oposto da sua concepção, com certeza, o
mundo não seria tão problemático como está seguindo até então.
Qual seria a graça se todos nós pensássemos da mesma forma? Com
certeza, muita coisa boa não existiria.
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