"Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las."
Voltaire

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

MEDICINA NO BRASIL: UMA QUESTÃO PURAMENTE POLÍTICA


Jota, via Portalodia.com

Não é fácil escrever um texto crítico para aqueles que realmente deveriam lê-lo. Talvez porque aos detentores do poder não seja bom propagá-lo, ou então, não permitam que muitos desinformados do passado tenham consciência de sua ignorância quanto a importância da informação, por exemplo, nesse texto subscrita. Assim viveram inúmeros autores e literatos clássicos, que ainda na vida moderna, são ignorados. Dessa forma, por uma análise contextual, se percebe a dificuldade quase cega do povo de enxergar o real propósito de programas mirabolantes de Governo, como o Mais Médicos. Uma massa facilmente manipulável que se vê "atendida" em seu clamor pelo imediatismo político, sem ter a consciência do perigo do futuro vivido agora no presente.

A Medicina brasileira vem sendo atacada a tiros de metralhadora. E por quê? Tudo veio às claras quando o povo já fatigado, inconformado com inúmeras pendengas e mazelas do Brasil, em especial a Saúde Pública, foi pra rua. A partir daí, toda a parafernalha legal dos bastidores começou a vir à tona: regulação da profissão médica, importação de mão-de-obra médica, reestruturação do curso médico. Seria a solução do problema caótico do SUS... 13 estrelinhas na testa para a nossa excelentíssima e seus secretários! No entanto, se fosse só isso, até mesmo o governo mais incompetente poderia tê-la proposto. Mas porquê só agora no fim do mandato?

Bem, sabe-se que a constituição brasileira em seus artigos 196 ao 200 prima pela defesa da Saúde Pública como dever de Estado. E, na tentativa mais que desesperada pós-revoltas por marketing político para 2014, o PT via Governo Dilma, enviou projetos com finalidade ímpar de demonstar alguma solução para o caos da Saúde Publica. Ou seja, medidas como a reformulação da atividade médica, a contratação de "médicos" estrangeiros sem averiguação de seus conhecimentos por meio do Revalida, e, a exigência de trabalho obrigatório no SUS para os ingressantes em medicina a partir de 2015, foram medidas autoritárias e impositivas que a própria população apoiou e apoia nesses projetos. Não é pra menos, uma vez que quando se está doente é de caráter urgente a necessidade de uma consulta, encaminhamento ou, quiça uma internação. Entretanto, todos os males da Saúde Pública no Brasil estão sendo descaradamente vinculados ao profissional médico, como se só ele resolve-se tudo.

Todos sabemos que para ser atendido em alguma unidade básica de saúde é uma tortura. Primeiro, porque a própria infraestrutura já é desanimadora. Não só para o acolhimento do paciente, mas também o próprio leito (caso seja necessário). As instalações para a manutenção de equipamentos e medicamentos, além do espaço destinado a uma simples consulta também não são motivadoras. Segundo, a falta efetiva de médicos para atendimento. É fato: faltam médicos nos postos e cais para atendimento clínico. Porém, existem médicos para isso? Sim. Então? Um dos reais motivos para isso acontecer é a inexistência de um plano de carreira médica no Estado. Isto é, diferentemente de um formado em Direito, em Engenharia, em Economia, que possuem um plano para progredir dentro da sua carreira, o profissional médico não entra nessa pauta. Dessa maneira, incentivos como melhores salários e de reciclagem técnica não fazem parte de sua realidade, desestimulando o ingresso no funcionalismo público.

Apesar de saber disso, os poderes Legislativo e Executivo não se mexem para resolver tal questão. Sobra a medida mais simples, portanto, aprovar medidas provisórias ao modo "jeitinho brasileiro" para resolver as coisas. Daí contratar supostos médicos estrangeiros sem a comprovação de diploma (como a barganha cubana). Uma atitude que só governos atrasados e populistas não mostram em seu Plano de Governo, mas põem em prática. Infelizmente, quem impõe tais circunstâncias não usufruem do serviço prestado, uma vez que eles sabem dos riscos. Não obstante, deve-se salientar: a medicina brasileira não é contra a vinda de médicos estrangeiros, mas sim contra a autorização para praticar a medicina sem o devido reconhecimento médico. São vidas que estão sendo levadas em consideração. O bem mais precioso de alguém, que não deve ser entregue a uma pessoa desqualificada. Por isso, a resistência dos CRMs para a expedição do registro dito provisório.

De qualquer forma, é desanimador perceber que a mesma população que até então consultava com médicos de referência, então, os estigmatiza. Não são todos os mal-informados que possuem a possibilidade da informação correta visto que a nossa mídia é extremamente tendenciosa. No entanto, um pouquinho de bom senso vem a calhar... "por qual motivo será que os médicos reivindicam respeito no atendimento público?" Certamente não é pelo bom salário recebido ou a infraestrutura top de linha.... Caso leitor você ainda concorde com o massacre que a medicina vem sofrendo, convido-o para uma breve reflexão: será que se todo esse jogo político que precariza o SUS fosse abatido, resolveria o problema? Talvez. Então, se abater o jogo político que nasce da necessidade de aprovação do eleitor tem que acabar, para que, finalmente, pontuar medidas específicas e pontuais nessa área? Cadê os planos para hospitais, postos de saúde, contratações de ambulâncias, pedidos de remédios... triste será ser médico em um país que poucos dão o real valor, em especial aos mais persistentes... se sua vida vale pouco pra você, continue votando em quem está no poder.





VÍDEO:

Professor Dorival Filho

quarta-feira, 26 de junho de 2013

MÉDICOS ESTRANGEIROS ou ESTRUTURA DE SAÚDE “PADRÃO FIFA”?



A Medicina é uma ciência social, e a política não é mais que a medicina em grande escala.”

Nas últimas semanas, o Brasil tem passado por uma avalanche de protestos e revoltas populares em razão de sua dinâmica atual. Todas, com razão, ganharam repercussão internacional pela já famosa má administração pública nos transportes, na educação, na política e na saúde. Então, com a necessidade de dar uma resposta a sociedade sobre as questões levantadas, Presidenta Dilma divulgou vídeo oficial no dia 21 desse mês pontuando possíveis soluções. Reiterou seu posicionamento em outro vídeo oficial divulgado ontem (24), sobre a necessidade imediata de validação de diplomas médicos vindos do exterior para suprir a suposta falta destes profissionais no interior do país. Atitude de cunho político e de pouca resolutividade, em um ano à vésperas de eleições.

É de conhecimento notório quanto a realidade da saúde pública nos estados e municípios da Federação. O sucateamento dos serviços essenciais de atenção à saúde da população não é novidade, pois são negligenciados desde a ditadura militar. A falta de planejamento e efetivação de propostas que circulam na pauta da Câmara e do Senado emperram que mudanças mais profundas ocorram (mesmo gradualmente) na área. Mas não só isso, desde o desvio de dinheiro até a falta de vontade política contribuem gritantemente para que nada mude. Assim, os poucos hospitais que existem não comportam a demanda, além de faltarem profissionais especializados e, até mesmo, material básico nos Cais e Prontos-Atendimentos para o trabalho sem improvisos.

Porém, não é dessa forma que o Governo vê o Sistema Único de Saúde (SUS). Para ele, há vagas suficientes nos hospitais públicos e são oferecidos ótimos salários para médicos e outros profissionais da saúde. Por isso, não concorda com o progressivo esvaziamento de médicos das cidades interioranas porque simplesmente faltam remédios, faltam instrumentos clínicos, faltam produtos de limpeza. Para contrária-lo de vez, o Conselho Federal de Medicina, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo e a Universidade de São Paulo em parceria, realizaram uma ampla pesquisa – “Demografia Médica no Brasil, Cenários e Indicadores de Distribuição” – sobre a distribuição de médicos pelo país. A conclusão foi de que na região Sudeste, existem 2,67 profissionais por mil habitantes. No Sul do país, a proporção é de 2,09, seguido do Centro-Oeste (2,05), Nordeste (1,23) e Norte (1,01). Para a OMS deve haver no mínimo um médico para cada mil habitantes.

A desigualdade regional se intensifica na comparação entre cidades do interior e as capitais, onde a proporção destes profissionais pode chegar a ser quatro vezes superior ao verificado no interior. Tudo porque a falta de atrativos, tanto financeiros quanto estruturais, podem colocar em risco a carreira desse profissional. Dessa forma, uma medida puramente simplória tenta minimizar as questões mais sérias do contexto: facilitar a entrada de médicos do exterior. Bem, não teríamos nada contra eles caso consigam aprovação em uma prova via Revalida para conseguirem permissão para a prática da Medicina. Contudo, o Governo Dilma tenta afrouxar as rédeas para legalizar qualquer um que tenha feito o curso de medicina fora. Sabe-se que muitos países latinos não possuem uma medicina de excelência, podendo vir a colocar a população nas mãos de pessoas com conhecimento duvidoso.

Apesar de tudo, também não podemos esquecer de nossas faculdades de medicina. Em sua grande maioria, quanto a prática discente e metódica é bem feita e amplamente aprovada pelos órgãos de fiscalização médica. Ainda que isso seja louvável, ora outra saem médicos com pouca qualificação. Portanto, da mesma forma que os recém-graduados em Direito se submetem a prova da OAB, os recém-graduados em Medicina também deveriam se submeter a prova dos Conselhos da área. Não é porque se estuda aqui que ganha, por extensão, o direito de exercer a medicina. O bem mais valioso de alguém é confiado àquele praticante da medicina, logo, espera-se competência e sabedoria desse profissional.

Enfim, permitir que pessoas com um “suposto” diploma de medicina atuem sem uma averiguação de seus conhecimentos pode se tornar uma grande problemática futuramente. Não estão faltando somente médicos nos interiores, mas sim prefeitos, vereadores e deputados preocupados com a situação de sua população. O povo deve lutar para melhorar a saúde a qual utiliza. Mesmo porque, é ele que faz uso do SUS independente de qual nacionalidade seja o seu médico. E, que se atente, como vem fazendo nessas últimas semanas, às atitudes de seus governantes: eles facilitam ou dificultam a nossa vida. Torço para que, caso alguém fique doente nessa luta, não precise do SUS para ser atendido pois, ele mesmo está precisando de uma UTI.

Leia também:

“MAIS IMPOSTOS, MENOS SAÚDE. MAS NÃO ESQUEÇAMOS: TEMOS COPA EM 2014”



***VÍDEOS

*PRESIDENTA PROPÕE PREBISCITO

*DEPUTADO MANDETTA (DEM - MS) FALANDO SOBRE MÉDICOS ESTRANGEIROS

segunda-feira, 15 de abril de 2013

PODER AO MP!

vitrinevirtual.com

Nas últimas semanas, o Ministério Público (MP) tem mostrado o porquê de ser tão necessário para a sociedade brasileira. Investigações importantíssimas contra a corrupção em 12 estados da federação, envolveram inúmeros promotores e policiais no combate ao desvio de dinheiro, superfaturamentos de serviços licitados, busca e apreensão de documentos, além de mandados de prisão em órgãos públicos. Também a atuação do MP-GO denunciando casos de nepotismo em Goiás no TCE, mostram a real utilidade desse organismo desvinculado de qualquer Poder Constitucional. Com ele a população, teoricamente, só tem há ganhar.

Não é pra menos que denúncias de corrupção estão a todo momento estourando nos jornais. O MP vem trabalhando sistematicamente na averiguação de suspeitas e promovendo ações judiciais que comprovem ações ilícitas de servidores públicos. No últimos tempos, foi a jurisdição entregue ao MP que possibilitou indiciar casos tais como do bicheiro Cachoeira e do Mensalão. Entretanto, há uma Emenda Constitucional que quer barrar a atuação do MP no país: a PEC-37.

Caso essa emenda seja aprovada pelos deputados e senadores, o MP estará impossibilitado de investigar irregularidades. Ou seja, tudo recairá nas mãos da Polícia que dificilmente consegue atender a demanda já existente. Dessa maneira, os supersalários – como os R$ 40 mil mostrados pelo MP-GO – de parentes comissionados de juízes do TCE-GO não seriam divulgados independentemente da Lei de Acesso à Informação. Da mesma forma que superfaturamentos em shows de bandas famosas, pagas por prefeituras do nordeste brasileiro, também não. A farra com o dinheiro dito “de ninguém” têm sido cada vez mais combatida pelo pessoal do MP, crédito indispensável a ele num país que falcatruas no Estado não são novidades.

Na verdade, tudo que envolva investigação na esfera pública preocupa políticos e funcionários públicos dentro dos bastidores. Porque tem vindo à tona, e a sociedade passou a cobrar por justiça. No entanto, apesar de todos estarem informados sobre a situação decorrente nos fóruns, os julgamentos dos envolvidos ainda demoram para se resolverem. A morosidade da Justiça emperra a ação ágil e firme do MP, que perde tempo com a verdade e que ganha inimigos dos mais diferentes calibres.

De qualquer maneira “ainda” podemos contar com o MP. Talvez seja uma das poucas instituições organizadas por lei que lutem seriamente pelo povo. Está à mostra o seu trabalho na grande mídia: denúncia de nepotismo no TCE goiano, desvio de dinheiro em prefeituras do Rio Grande do Norte e a mega operação contra a corrupção terça-feira passada. A população mais esclarecida tem o dever de cobrar por melhoras no país diante o Estado. A mudança vem de nós. E, um dos meios mais eficientes é fortalecendo o Ministério Público. Não a PEC-37!

*Assine o Abaixo-Assinado contra a PEC-37:

sexta-feira, 5 de abril de 2013

MARCO FELICIANO: SER DEPUTADO ou SER PASTOR?


Simanca em brasiliaempauta.com.br

Não é de hoje que as pessoas confundem certos assuntos (especialmente os polêmicos) com o viés religioso. Isso porque o raciocínio inflexível da Palavra Sagrada faz com que alguns religiosos levem ao pé da letra sua criação catequética para a sociedade. Isto é, como se outras crenças ou dogmas fossem totalmente errados, da mesma forma que determinados comportamentos sociais também. Quando um representante do povo expõe sua opinião ela deve, necessariamente, ponderar imparcialidade e honrar a população. Conduta ultrajada nas últimas semanas pelo até então presidente da Comissão de Direitos Humanos deputado e pastor Marco Feliciano.

Pelo menos no Brasil, sempre escutamos conselhos para não discutirmos sobre religião e política. Sobre o primeiro concordo evitar por ser de foro particular, mas sobre o segundo não por ser de foro público. Mesmo porque, vem da política as decisões que afetarão a vida de todos. Porém, as circunstâncias que envolvem Marco Feliciano tem relação com as duas temáticas: da sua dificuldade em separar as duas esferas. Dessa maneira, assuntos espinhosos como homofobia e racismo são julgados, analogamente, a doenças no púlpito por ele.

O uso da influência religiosa para modificar politicamente a postura da sociedade, tem sido uma das “armas” utilizadas por muitos pastores nas Igrejas. Malafaia, Valdomiro são exemplos, e agora, o senhor Marco Feliciano entra também para o rol. Criticar as pessoas baseando-se unicamente em suas experiências indica pré-conceito, limitação de conhecimento e de entendimento das diferenças. No caso, espera-se que um presidente de uma Comissão dos Direitos Humanos seja humano para perceber que os outros pensam e possuem sentimentos diferentes dos seus.

Toda essa polêmica em torno desse pastor é fruto de seus pensamentos bíblicos exagerados (e convenhamos, de muitos outros contra o deputado), por ser presidente da referida comissão. Se abrangermos a nossa análise, veremos que a própria Bíblia reprova a atitude do pastor: “Não julgueis para não seres julgado”. E, até a Constituição Federal, do mesmo modo, não incrimina, tecnicamente, as pessoas pela sua opção sexual. A tentativa de manipulação das pessoas pelo uso de leis é antiga e, ainda, certas minorias teimam usá-las. O Estado Democrático de Direito não tem o poder de comandar os quereres de seus cidadãos nem permitir que seus agentes públicos tomem deliberações por livre espontânea vontade. Ato torpe este escancarado na Câmara.

De qualquer maneira, apesar do Brasil ser predominantemente cristão há grandes chances de se liberar o casamento homoafetivo. Pode demorar um pouco, entretanto, o Estado laico não pode determinar suas decisões com base na Bíblia, assim como um deputado também não. O pastor Marco Feliciano tem que aprender a parar de misturar os conceitos. Pois, destarte, já dizia Maquiavel em seu livro que devemos saber distinguir o público do privado. Só então alguém com Poder saberá corretamente manuseá-lo a favor de todos, e não seguindo ideias próprias.

***VÍDEOS

*ENTREVISTA - DEPUTADO MARCO FELICIANO À FOLHA DE S. PAULO


*AGORA É TARDE - com MARCO FELICIANO

*FELICIANO CITA "SATANÁS" COMO PREDECESSOR A ELE NA CDHM

*"O BRASIL VIVE NUMA DITADURA GAY", diz MARCO FELICIANO

* SILAS MALAFAIA DEFENDE MARCO FELICIANO

sábado, 30 de março de 2013

OI, TIM, VIVO ou CLARO: PRA QUÊ TE QUERO?

nanihumor.com

Não é de hoje que se escutam reclamações do serviço oferecido pelas principais prestadoras de telefonia e internet do país. Isso porque com uma “banda larga” fajuta e com ligações cheias de interferência, as empresas detentoras do mercado insistem em fazer pouco caso de seus clientes cobrando caro pela sua ineficiência. Não é pra menos, os órgãos reguladores vivem no standbay, enquanto os mais prejudicados nessa situação parecem mais conformados que revoltados. Se quisermos mudanças concretas reclamar é a solução, uma vez que a telecomunicação se faz essencial hoje.

Se alguém nunca teve problemas no Brasil em sua conexão com a internet, com cobranças indevidas, com ligações não completadas ou mal sucedidas, quero lhe informar: você é um ser especial! Especial porque qualquer usuário conectado à rede já passou raiva navegando na Web ou realizando chamadas interurbanas. Devido ao ínfimo investimento frente a demanda que cresce anualmente mais de 10% segundo a Anatel, põe à prova a real competência das operadoras que falseam propagandas na mídia para angariar novos compradores.

No quesito enganação, as quatro operadoras Oi, Tim, Vivo e Claro competem entre si pra ver quem ilude mais o consumidor. Uma das campeãs é a Claro. Com promoções que validam e desvalidam a seu bel-prazer, induzem os clientes com propagandas atrativas sem mencionar (claro) os rodapés dos regulamentos. A Tim também não fica atrás, assim como a Vivo também não... ligações com chiados, entrecortadas e que caem são normais para essas empresas. São metas mensais a serem cumpridas. Nunca se esquecendo, óbvio, de parecer barato. Algo que a Oi, infelizmente, não consegue fazer. Por ser uma das que tem ampla difusão dos serviços (telefone e internet), “salgueia” bem os preços. Mas, também, não tem nada para acrescentar.

Brigar nos call-centers das operadoras por um direito que se paga – o produto – é uma possibilidade, mas não a solução. Ninguém sabe como resolver o seu problema ali. Ou, se sabem, dificultam o atendimento até o fim. Tudo seria mais fácil com o apoio mais enfático dos órgãos de defesa do consumidor. Eles, que após 14 anos de reinado das prestadoras dominando o mercado resolveram, enfim, via Anatel (autarquia federal), multá-las no fim de 2012. Além disso, tiveram de entregar um Plano de Metas. O resultado dessa bronca da Anatel ainda vai demorar pra ser visto.

Portanto, os serviços de telecomunicações prestados por essas empresas, até então, estão abaixo do satisfatório. E não é difícil de se perceber o porquê: pouco investimento, pouca fiscalização e muita tarifação. Daí as inúmeras reclamações pelos Procons. Se o Governo não intervier de forma mais enérgica pelos meios reguladores, eventos internacionais no Brasil terão dificuldades durante a cobertura. Uma problemática que pode não pegar bem para o país.

***ACESSE TAMBÉM

*RECLAMAO.COM (alerta a empresa com um requerimento feito pelo cliente > grátis)

*RECLAME AQUI (permite ver o histórico de reclamações das empresas na internet)

***VÍDEOS

*ANÕES EM CHAMA: ESTAREMOS FAZENDO O CANCELAMENTO




*OLHAR DIGITAL: INTERNET RUIM? NOVAS REGRAS PODEM MELHORAR


*JORNAL DA JUSTIÇA: INTERNET LENTA RENDE RESSARCIMENTO (19/09/12)

segunda-feira, 25 de março de 2013

A POTÊNCIA DAS PALAVRAS

Saatchi & Saatchi Sigapura para a Aware, 2012

As palavras carregam em si um sentimento especial que, dependendo da situação vivenciada, surtirá um determinado efeito. Quem quiser seduzir, comandar, influenciar terá de saber escolher bem o repertório vocabular para agir, diferentemente daquele que age por impulso. Essa pessoa, geralmente devido a seu temperamento, não mede a força das palavras de que faz uso, e, assim, acaba por ofender a quem as dirige. Uma problemática que no mundo egoísta e individualista de hoje pode causar o isolamento, ou mesmo a guerra.

Não são todos os dias que estamos de bom humor. Somos humanos, portanto, fadados ao erro e ao cansaço (físico e mental). Contudo, não pode ser esta a justificativa dada para todos os problemas do cotidiano. E, por conta disso, despejar a nossa raiva na primeira pessoa que passar, de modo a atingi-la verbalmente. Cada palavra possui um significado único e específico que pode machucar os sentimentos de alguém, caso não seja feita uma prévia avaliação do que se pretende dizer.

Pensar antes de falar alguma coisa pode ser uma grande virtude. Pois, “encaixar” uma palavra errada em uma frase pode render sérios problemas: em uma negociação comercial, uma entrevista, uma conversa pessoal, um diálogo intertribal, podem ser um fracasso. Tudo depende da forma como se vai dizer. A palavra tem poder. Um poder atrativo tão grande que é negligenciado por muitas pessoas, e que poderia ser mais útil para o bem.

Qualquer indivíduo gosta de ser elogiado e de se sentir valorizado. Palavras bonitas, quando merecidas, são indispensáveis ao bom exemplo. Podem unir ou reconciliar enamorados, desmanchar guerras, coordenar uma revolução. Ou seja, a palavra pode ser devidamente raciocinada para a evolução da vida humana. Cabe ao homem perceber isso.

Por fim, o significado de cada palavra é muito importante nas relações pessoais e sociais. Cada palavra está embutida em um rótulo, e esta convenção revelará o real significado do que as pessoas pensam quando as professam. A música da cantora Vanessa da Mata (As Palavras) deveria ser “embrulhada” e dada como presente a todos. Porque, assim, muitas situações seriam facilmente resolvidas se tomassem conta com carinho daquilo que fossem dizer.

quarta-feira, 20 de março de 2013

POR QUE SE JULGA TANTO O “DIFERENTE”?

semnenhumpreconceito.blogspot.com.br, acesso em 2013

Na sociedade em que vivemos hoje prega-se, insistentemente, padrões pré-determinados de moda, estilo de vida, de conceitos de certo e errado que não abrem brechas para o exótico, o fora de época. E, quando isso acontece, inúmeras situações de discriminação estão previstas para ocorrer. Não por acaso, o que foge das aparências rotineiras causam espanto nas pessoas devido a sua criação. Cabe a cada um de nós aprendermos a relativizar (bem) as situações pelas quais passamos para tentarmos enxergar imparcialmente o “desigual”.

Nunca se falou tanto em igualitarismo nas suas mais variadas formas como agora neste século. Século que preconizou a igualdade como uma das conquistas revolucionárias que ocorreram no século XX. E, que então, segue em busca de respeito. Porque na época o conceito de vida social se baseava categoricamente no “uniformismo humano”. Todos deveriam ser defensores das mesmas ideias, preceitos e vontades sem questionar a nada ou alguém. Uma verdadeira ditadura de opiniões e pensamentos modelados segundo o que julgavam certos líderes ser o mais bonito, o mais correto para ele e para o seu povo (a sua suposta raça).

Devido a esses tais “engessamentos de opinião” que foram passados de geração a geração – os quais ainda sobrevivem – deram início, assim, à formalização dos inúmeros preconceitos: raciais, sexuais, físicos, comportamentais. Por que julgam tanto o negro, o gay, o deficiente físico? O que essas pessoas fizeram de errado? Terem nascido? A ira de Deus se revelando? Geralmente aqueles que defendem tais posicionamentos, perfazem um grupo restrito e sem fundamentos que prega o ódio e a violência como única maneira de exterminar da sociedade a presença daqueles marginalizados.

A sociedade é construída por diferentes histórias trilhadas por caminhos distintos. Cada pessoa se faz como o único exemplar de uma linha de produção não automatizada, que porta hábitos convergentes ou não, costumes convergentes ou não, crenças convergentes ou não. As pessoas são diferentes e não iguais como tentam (ou tentavam) rotular. Por isso, a tamanha intolerância pelo incomum. Perceber esse fato, monta a real importância de se viver em comunidade.

Finalmente, aceitar o que sempre pareceu estranho para nós como normal pode ser um choque. Justamente porque o diferente do que somos é enfrentado como errado – inoportuno de se executar. Daí a razão dos conflitos étnicos, nacionalistas, políticos, esportivos. Se cada um pondera-se melhor o lado oposto da sua concepção, com certeza, o mundo não seria tão problemático como está seguindo até então. Qual seria a graça se todos nós pensássemos da mesma forma? Com certeza, muita coisa boa não existiria.

sexta-feira, 15 de março de 2013

SAÚDE: COMO SE VIVE HOJE?

Glasbergen; acesso em 2013

A saúde das pessoas é um fator considerável na análise da qualidade de vida de uma população. Por meio dela, pode-se elaborar estatísticas para comparar com outros momentos vividos pela sociedade. Caso a população apresente boa saúde pode ser o indicativo de costumes saudáveis, o que poderia ocorrer com maior vigor no Brasil se não fosse o sistema público deficiente e a pouca vontade das pessoas.

Hábitos bons tais como correr, praticar exercícios físicos e comer alimentos naturais são importantes para o bom funcionamento do corpo. Ajudam na prevenção de doenças cardíacas, no excesso de peso e no controle metabólico. O problema é que poucas pessoas se interessam em modificar sua rotina para adquirir uma saúde melhor. Isso só ocorre quando o corpo dá sinais de sobrecarga, como um problema na coluna, uma parada cardíaca ou um AVC (derrame) repentino.

Segundo os últimos dados do IBGE, ocorreu um aumento de 200% na obesidade infantil, resultado do desacordo de ações de muitos envolvidos. A correria do dia a dia faz com que muitos pais se descuidem da alimentação de seus filhos, permitindo que eles comam produtos industrializados sem a menor preocupação. Isso só contribui para aumentar os números da OMS que, em 2008, contou 5,3 milhões de mortes por sedentarismo, consequência da obesidade que começa a se alastrar pelo país. Tais dados comprovam a inércia das pessoas frente aos fatos, com a simples desculpa de “não tenho tempo”.

A Sociedade do Consumo, deveras exagerado, calcada na absorção do prático dos tempos modernos não vê a saúde (física) como algo para se zelar. Além disso, influências incutidas pela mídia, via novelas, filmes e comerciais, habilitam seu público de faixas etárias distintas a consumir bebidas alcoólicas e cigarro. Dessa forma, os meios de comunicação e até os órgãos públicos – por não coibir – praticam um desserviço à sociedade, permitindo a sobreposição do bem-estar humano pelo bem-estar financeiro.

Por fim, é necessário observar que, para se conquistar uma maior qualidade de vida, o equilíbrio precisa ser posto em prática. Habituar-se às atividades físicas ao menos uma vez por semana, aos alimentos orgânicos e à conscientização pelo bem-estar comunal fará a diferença. Banalizar o uso de drogas lícitas também será uma importante medida na prevenção à saúde. Porém, todos, são importantes nessa conquista: civis, empresas de comunicação e o Estado. O dinheiro não consegui cobrir todos os males à nossa saúde.

domingo, 10 de março de 2013

LEGALIZAR A MACONHA, PRA QUÊ?

idadecerta.com.br

Há décadas o Brasil discute se retira ou não de Ato Criminoso fumar maconha, conduta tão famosa dos anos 70 e 80. Comportamento aprovado essencialmente por usuários, eles tentam angariar expressão social para confirmar legítima a prática da “pitada”. No entanto, com argumentos pouco consistentes, brigam por uma causa fútil tal qual acender um baseado. Ninguém em sã consciência há de imaginar a liberação desse mal como prioridade em um país com tantas questões para se resolver. Seria o início de um imenso problema.

A sociedade, historicamente, sempre conviveu com inúmeros tipos de drogas, em especial a bebida e o fumo. O consumo desregrado nas festividades era comum e necessário para o prestígio do anfitrião. No entanto, o sentimento de satisfação proporcionado por elas superava a atenção que deveria ser dada aos males causados. Isso não foi o bastante para impedir a socialização do álcool e do cigarro. Um triste erro do homem em busca do prazer.

Os males provocados pela simples tragada da maconha causam sérios problemas psíquicos, diferentemente do que muitos pensam. Por ser uma droga psicoativa, segundo o professor universitário e pediatra João Gonçalves de Medeiros Filho em artigo publicado pelo sítio CRM-PB via CFM, ela provoca euforia, distorções espaço-temporais, alterações de humor, taquicardia, dilatação dos vasos sanguíneos oculares, secura na boca, depressão, tontura e ataques de pânico. Ainda assim, aqueles que fazem uso, tentam convencer a si mesmos e os outros de que não são dependentes da maconha. Só não sabem explicar o porquê de precisarem tanto dela.

Por meio do Movimento pela Legalização da Maconha (MLM), os simpatizantes pela descriminalização, a fim de sustentar sua posição, atribuem infantis argumentos a causa para corroborá-la. Comparam o regime liberal de países desenvolvidos (Holanda, Alemanha, Itália) ou países pequenos (Argentina, México) como modelo para o Brasil. Dizem que se podem criar leis para tributar a venda de maconha e, que políticas de repressão à droga estão falidas há anos. Mas, de forma mais concreta, não conseguem dizer qual seriam os benefícios para a sociedade; quem sairia ganhando? Ainda gritam pelas ruas “hipócritas” para aqueles supostos desfavoráveis que “pitam” escondido, pois querem manter as aparências publicamente. Não é porque gente dita famosa e outros de relevância midiática já usaram que devemos seguir seu medíocre exemplo. Por curiosidade? Bem, já diz o dito popular que o gato morreu dessa forma.

Em suma: a Cannabis sativa deve ser proibida para o livre comércio. Os efeitos biológicos do tetraidrocanabinol (THC) são terríveis em pouca ou muita dose (fora do hospitalar), perfazendo uma brecha para outras modalidades de vícios químicos. A família perde, a sociedade perde, a pessoa perde. Combater a ilusão de droga inócua precisa ser difundido. Os pais precisam estar atentos as atitudes dos filhos e de seus amigos, porque ninguém quer a ajuda médica posteriormente. Pois, convenhamos, quem não tem dinheiro para tratar, sofrerá absurdos com o sistema público de saúde. Essa sim é a realidade para a qual devemos olhar fundamentalmente.

VÍDEOS

MACONHA CAUSA ABSTINÊNCIA - JN

CQC: A MACONHA

FHC NO RODA VIVA

EFEITO DA MACONHA - TAPA NA PANTERA

CAMPANHA CONTRA AS DROGAS - COM RONALDINHO GAÚCHO

quinta-feira, 7 de março de 2013

(AINDA) HÁ SENTIDO PARA LUTAR?

emdialogo.uff.br, 2012


A sociedade é construída por mudanças sejam elas racionais ou gradativas que afetam a todos. Mudanças que estão, geralmente, relacionadas a carga de supersaturação de problemas estruturais e administrativos regidos pelo Estado. E quando sua conjuntura se mostra ineficaz, burocratizada e sem progresso, logicamente, a insurgência ocorrerá. A mentalidade desses revolucionários vem de encontro a de outras gerações no poder. Aí sim, com o reconhecimento de ideais pode-se lutar com fervor por novos tempos.

Um dos palcos mais expressivos na atualidade da luta juvenil por mudanças conjunturais, acontece no mundo árabe. Ali, povos sobrepujados por regimes autocráticos hereditários confiscam a máquina estatal em prol de seus desejos e ambições. Para tanto, ignora as necessidades básicas de seu povo, já que não o representa efetivamente. Daí a revolta na Tunísia, Egito, Líbia, Síria e outros, que não respeitam a democracia e a liberdade que aquela população enxergou no ocidente.

Especialmente para os jovens que vivem sobre os olhos de um Governo pouco democrático, é motivo suficiente lutar contra ele. Por quê? Porque a vontade de aspirar boas expectativas para o futuro – que não se faz tão distante –, de poder desempenhar um papel único e igualmente fundamental na sociedade via trabalho, via educação, move a “Geração dos 20 (anos)”. Um Governo ditatorial não dá essa visão a seus adolescentes.

E o Brasil não fica fora dessa análise. A população brasileira tem, aos poucos, percebido o quão danoso é possuir um governo que aparenta representá-lo. Justifica-se isso ao checar os índices de corrupção política, econômica (impostos excessivos), educacional (cotas), social (transporte e saúde) e cultural (teatros) que permeia o país. Logo, movimentos que buscam a “Igualdade para Todos” – refrisa-se, via “Geração dos 20” – se veem obrigados a lutar por dias melhores.

Em suma: há sim sentido para lutar. Lutar por ideais que a maioria clama e aceita incondicionalmente. Prova disso é a Lei da Ficha Limpa com 1,3 milhão de assinaturas, é a Primavera Árabe que abalou décadas de monopólios familiares. O século XXI veio confirmar todas as causas revolucionárias do século XX que vigoravam no ocidente. Se integrar ao meio politicamente, socialmente, ecologicamente pontuam formas específicas de como se engajar. Então, lutar não é somente necessário, é preciso para confirmar a nova posição dos tempos à transformações definitivas elaboradas no presente.

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segunda-feira, 4 de março de 2013

JORNALISMO MIDIÁTICO: DO PALANQUE A SEUS BASTIDORES



O jornalismo presente na sociedade brasileira tem aparentemente demonstrado a vontade de divulgar a verdade. Mesmo porque não há só importância em conquistar mais seguidores de sua filosofia, e sim de transpassar uma maior credibilidade de seu conteúdo. Mas, nem sempre foi e é assim. Por isso, ainda existe uma certa desconfiança social diante o que as facetas do jornalismo podem dizer.

Hoje os diversos avanços tecnológicos possibilitam uma “maior busca pela verdade” propagandeada pela mídia. Aqueles interessados podem pesquisar pela internet vários pontos de vista diferentes – prós e contras –, e chegar, ao menos, a uma conclusão razoável. Assim, teoricamente, seria possível diminuir o nível de influência do discurso empregado pelas Empresas da Informação. Contudo, a vida do mundo moderno dificulta essa busca.

Então, aproveitando da falta de tempo para folhear mais de um jornal, ou revista, ou ler sítios na Web o jornalismo ganha seu lado nefasto e influenciador. Exatamente nesse ponto, a função da cidadania reservada ao jornalismo se perde em editoriais conservadores, superficiais e direitistas. A história do Brasil mostra isso. Basta relembrar a época da ditadura militar com a Globo em oposição a Band e a Excelsior, e até mesmo, nas eleições municipais de 2012.

É certo que existem meios de comunicação preocupados em transmitir informações fidedignas, imparciais e instigar em seus leitores e ouvintes a crítica por um meio humano melhor. Vão além do arrebanhamento e a alienação. Não manipulam, incutem os pontos negativos e positivos. Aumentam o leque de discussão. Aí sim, o papel jornalístico cumpre-se sem devaneios, desvios e mentiras. O problema é: quantos fazem isso?

Em suma: o jornalismo vem ganhando uma reformulação no Brasil. Mesmo que ainda impere centros de discussão focada em opiniões unilaterais, eles estão perdendo seguidores. A população tem se mostrado atenta ao palanque, e começa a ficar mais curiosa sobre os bastidores. Resta saber até quando as empresas de mídia vão continuar a deturpar o jornalismo na tentativa de persuadir o povo a seu favor. Prossigam na tênue mentira sensacionalista, e marcharão para a irremediável perda de público.

sexta-feira, 1 de março de 2013

DENGUE: UM PROBLEMA DE TODOS


O dengue tem sido uma das principais doenças de preocupação no Brasil de relevância pública. Em especial pela proporção tomada nas últimas décadas. Atitudes simples de prevenção à doença têm sido negligenciadas pela população, enquanto o Governo vem se moderando no combate a epidemia. Devemos ter a real noção da gravidade da situação, pois caso o dengue domine de vez o quadro que se instala na sociedade será muito complicado remediá-lo, uma vez que não há tratamento específico para ele.

A historiografia narra a primeira descrição da doença em 1780, por Benjamin Rush na Filadélfia. A partir daí, os estudos foram sendo aprofundados, quando no início do séc. XIX constatou-se uma ligação com o vírus da febre amarela. No Brasil, a campanha brasileira de erradicação do mosquito Aedes aegypti iniciada por Emílio Ribas em 1903 e Oswaldo Cruz em 1904, obteve tutela técnica e financeira da fundação Rockefeller. Talvez por isso não tenha registros de contaminação entre 1923 e 1981. O primeiro sinal de reinfecção foi na cidade de Belém do Pará.

Doença reemergente com formas graves que nos últimos anos ganhou o status de surto epidêmico, o dengue vem causando inúmeras vítimas pelo país. Goiás, de acordo com o Ministério da Saúde, é o segundo Estado com o maior número de incidências. Dados coletados entre os dias 1° de janeiro de 2013 e 16 de fevereiro de 2013, mostram que foram 444,8 casos para cada 100 mil habitantes. Ou seja, algo próximo a 28 mil pessoas só neste período em Goiás! O vírus vem se alastrando devido a reinfecções da doença ocasionada pelas suas variantes – além de ser favorecido pelo clima tropical. São quatro categorias virais (1, 2, 3 e 4) e, em termos de virulência, na ordem decrescente têm-se os sorotipos 2, 3, 4 e 1.

Os sintomas são variáveis, sendo as principais manifestações: febre alta (tipo febre quebra-ossos), dor muscular, dor nas juntas, fraqueza, náuseas, vômitos, dor no fundo dos olhos, manchas vermelhas na pele (formalizam a doença) e pequenas hemorragias. Esse é o quadro dito clássico. A forma mais grave, generalizada “dengue hemorrágica”, tem sintomatologia primária equivalente à clássica. Logo após o 3° ou 4° dias, começam a ocorrer sangramentos internos, hipotensão, lábios roxeados, dores abdominais e alternam-se períodos de letargia e de agitação. Crises dessa magnitude podem levar a morte.

Uma das consequências do dengue é a hipovolemia. A perda excessiva de água, que pode gerar falência circulatória evoluindo para choque e morte. Portanto, recomenda-se a hidratação contínua. Outra recomendação é evitar ingerir remédios à base de ácido acetil-salicílico e outras substâncias anticoagulantes em suspeita de dengue, pois estes potencializam as hemorragias. Então, como se prevenir desse mal? A doença pode ser controlada e eventualmente suprimida com a eliminação dos vetores. Uma medida é impedir o contato do mosquito a qualquer tipo de água onde ele possa depositar seus ovos e suas larvas desenvolver-se; devem-se cobrir caixas d'água, vasos, pneus e utensílios que acumulem água para evitar a formação de criadouros; uso de repelentes, mosquiteiros, telas e cortinados. O combate biológico pelo fumacê também é válido. E, lógico, a mobilização da comunidade em prol do saneamento ambiental.

Enfim, o combate ao mosquito (ao dengue) deve ser metódico e insistente. Seus ovos são habituados ao clima e podem se manter por longos períodos sem água. Todo cuidado é pouco. Por conseguinte, dedicar um tempo mínimo (que seja semanal) para prevenir-se do mosquito se faz necessário. Esperar pelo poder público para agir pode não ser uma boa ideia. Agora, se ainda assim as pessoas não se motivarem nessa luta, a multa pelo desleixo deve ser aplicada exemplarmente. E que doa muito no bolso. Porque melhor a multa para combater a dengue, do que sentir na pele o que as manchetes denunciam todos os dias.

***QUER SABER MAIS

CARTILHA DE COMBATE AO DENGUE:

PORTAL DA SAÚDE - MINISTÉRIO DA SAÚDE:

SITE DA DENGUE:

***VÍDEOS

COMBATA A DENGUE - COM VITOR BELFORT

COMBATA A DENGUE - MINISTÉRIO DA SAÚDE

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

DE VOLTA...

Olá pessoal que acompanha as postagens aqui no Blog! Após um longo recesso de publicações, volto, então, a publicar textos que remetam ao nosso contexto atual. E, para compensar esse meio tempo, pretendo intensificar as postagens de forma que sejam de três em três dias. Assim, a partir de 1° de março, começarei novamente a cutucar as diversas esferas que se interligam as nossas vidas. Qualquer coisa ainda sugestões, pedidos e outras coisas, o "Contato Direto" está a disposição.

Felipe Gonçalves